O candidato a presidência dos Estados Unidos, o republicado Donald Trump, ameaçou tarifar a empresa Deere, fabricando dos tratores John Deere, caso a fábrica saísse de solo norte-americano
A corrida para presidente entre a vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump está extremamente apertada, com o apoio de Harris dependendo de um apelo pessoal mais forte, enquanto Trump se baseia em uma base dura e uma grande vantagem em lidar com a economia para correr mesmo apesar de menos opiniões positivas sobre ele, sua empatia e temperamento.
Entre os eleitores prováveis em todo o país, uma nova pesquisa da CNN realizada pela SSRS mostrou 48% de apoio a Harris e 47% a Trump, uma margem que sugere não haver um líder claro na corrida. Cerca de 2% dizem que planejam votar no libertário Chase Oliver e 1% na candidata do Partido Verde, Jill Stein.
Tanto Harris quanto Trump têm apoio positivo da maioria de seus apoiadores – 72% dos apoiadores de Trump dizem que sua escolha é mais por ele do que contra Harris, enquanto 60% dos apoiadores de Harris dizem que sua escolha é mais por ela do que contra ele.
Trum fala sobre a possível ida da Deere para o México
O ex-presidente Donald Trump fez declarações significativas nesta última segunda-feira sobre a John Deere e seus planos de transferir parte da produção para o México. Trump ameaçou impor uma tarifa de 200% sobre os produtos da John Deere se a empresa prosseguir com seu plano de transferir algumas de suas operações de fabricação para o México. Ele fez esse anúncio durante uma mesa redonda de políticas em Smithton, Pensilvânia, organizada pela Protecting America Initiative.
A ameaça de Trump vem em resposta ao anúncio recente da John Deere sobre levar parte de sua produção para o México, o que já resultou em cortes de empregos em certas instalações em Iowa. Trump expressou preocupação sobre o impacto nos trabalhadores americanos, afirmando: “Está prejudicando nosso país. Está prejudicando nossos trabalhadores.”
A proposta de Trump está relacionada a uma possível mudança na produção da Deere, que opera uma fábrica no México há aproximadamente 70 anos. Essa movimentação ocorre em um cenário em que a empresa, uma grande fabricante americana, possui cerca de 30.000 trabalhadores em 60 fábricas distribuídas em 16 estados.
Embora as tarifas possam ser justificadas em algumas situações, como práticas de dumping ou subsídios governamentais que prejudicam concorrentes locais, esses argumentos não se aplicam à Deere. A empresa fabrica a maior parte de seus produtos nos EUA, tornando a tarifa proposta menos impactante em relação ao seu modelo de negócios.
Quando contatada para uma resposta, a John Deere se referiu a uma seção em seu site intitulada “Deere Commitment to US Manufacturing“, que destaca seus investimentos em instalações e força de trabalho americanas. A empresa declarou que, para manter suas fábricas nos EUA focadas em atividades de alto valor, às vezes precisa mover operações menos complexas, como montagem de cabines, para outros locais.
Após os comentários de Trump, as ações da empresa caíram aproximadamente 1,6% nas negociações após o fechamento do mercado na segunda-feira.
Essa ameaça à John Deere parece ser uma extensão da política econômica de Trump, que tem enfatizado consistentemente o uso de tarifas. Ele já fez ameaças semelhantes a montadoras que produzem veículos no México. O foco de Trump em proteger empregos na indústria americana é um elemento-chave de sua estratégia de campanha, particularmente em estados estratégicos como a Pensilvânia, onde ele realizou esse evento.
Os comentários de Trump sobre a John Deere parecem ter sido espontâneos, inspirados pelos tratores John Deere exibidos no local do evento. Esta é a primeira vez que Trump mira especificamente a John Deere com tal ameaça, expandindo seus avisos tarifários além da indústria automotiva para incluir fabricantes de equipamentos agrícolas.
Impactos das eleições americanas no agronegócio do Brasil
As eleições americanas sempre geram expectativas globais, e para o agronegócio brasileiro, o impacto pode ser significativo, conforme aponta João Rebequi, fundador da Ag4UP e residente nos Estados Unidos desde 2017. Rebequi oferece uma análise aprofundada sobre como os diferentes resultados eleitorais, nos Estados Unidos, podem influenciar diretamente o setor agrícola brasileiro.
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Com informações do Drovers
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