Devido a complicações climáticas, cotação do trigo avança nos EUA e puxa consigo preço da soja e do milho na CBOT; Confira os detalhes abaixo!
De olho na alta do dólar, aqueles que ainda detêm milho no mercado físico brasileiro aumentam suas pedidas para fechar negócios no mercado interno. A referência para negócios em São Paulo agora já ultrapassa os R$ 86,00/sc. Na B3 o dia fechou com movimentação mista nas cotações, com o vencimento cada vez mais próximo, o contrato para março/21 registrou leve queda de 0,35% nesta terça-feira, enquanto isso, o vencimento para setembro/21 fechou com alta de 0,40%, cotado a R$ 80,45/sc.
O milho em Chicago encerrou o pregão em alta com sinais de melhora na demanda e acompanhando o trigo que é muito utilizado como um substituto do cereal na ração animal norte-americana.
A incerteza quanto ao clima no Brasil também trouxe firmeza para as cotações na CBOT, visto que a 2ª safra brasileira está sendo semeada fora da janela ideal. O vencimento para maio/21 fechou com alta de 1,25%, cotado a US$ 5,45/bu.
Soja
Com problemas de regularização de oferta nos portos, devido ao atraso na colheita desta, o preço da soja em Paranaguá/PR seguiu em alta, com a referência para negócios no patamar de R$ 169,00/sc. Os subprodutos da oleaginosa também enfrentam resistência em observar desvalorizações, o farelo de soja fechou a terça-feira cotado acima dos R$ 2.850/t em São Paulo.
Em Chicago o preço da soja fechou o dia a US$ 14,13/bu no vencimento para maio/21, valorizando 1,53% no comparativo diário. A alta se deve a um movimento de correção dos fundos e investidores após as fortes quedas observadas nos últimos dias. Além disso, a expectativa de que o clima indique mais atraso na colheita da safra brasileira e dias mais quentes e secos na Argentina, deram sustentação para a oleaginosa norte-americana.
- Moinhos de farinha enfrentam problemas de abastecimento com produtores de trigo controlando estoques
- Com Lula, preço da carne bovina tem maior alta em quatro anos
- Paraná encerra colheita de cevada com 286 mil toneladas
- Vacas têm “melhores amigas” e sofrem com separações, revela pesquisa
- Pesquisa aponta como melhorar o solo com calcário
Boi Gordo
Na última terça-feira as vendas no varejo seguiram um pouco melhores que no encerramento dos últimos dias. O ritmo ainda é lento e longe de ser o ideal, mas o cenário se torna mais positivo diante das semanas anteriores. A melhora pontual na movimentação atacadista é sustentada pelo pagamento dos salários dos trabalhadores, porém a carcaça casada bovina continua cotada a R$ 18,00/kg, não registrando reajustes.
O mercado físico bovino segue em ritmo acelerado mesmo com pressões baixistas exercidas pelos frigoríficos. A terça-feira encerrou com o preço do boi gordo na B3 atingindo R$ 305,40/@ para março/21. Os contratos com vencimento para maio/21 avançaram 0,49%, ficando cotados a R$ 297,65/@. As movimentações são sustentadas pelo preço do dólar, que estão chegando nos R$ 5,70 e pela volta da demanda chinesa.
Fonte: Agrifatto