Além do bem-estar animal, a cadeia deve se preocupar com o deslocamento pois é o período de maior propensão de se contaminarem com alguma doença.
Para os suínos, o transporte é o período mais estressante, sejam eles destinados para granja ou para a indústria. Além do bem-estar animal, a cadeia deve se preocupar com a biossegurança durante o deslocamento dos animais, período de maior propensão dos animais se contaminarem com alguma doença, o quê poderia impactar a sanidade do rebanho.
Os caminhões para o transporte de suínos precisam, antes de receber os animais, passar por uma descontaminação. Logo depois, os veículos devem ser separados daqueles que ainda não passaram pelo processo. Gustavo Simão – médico veterinário, que também é gerente de Serviços Veterinários da Agroceres PIC – afirma: “não se sabe a procedência do caminhão que está chegando à sua propriedade. O caminhão teoricamente está contaminado até que se prove o contrário”.
O caminhão deve, ainda, estar longe de animais domésticos e silvestres, possíveis vetores de doenças, pessoas que não trabalham na granja, da ração dos animais e de equipamentos contaminados. O processo de descontaminação deve ser pré-auditado pelo motorista do caminhão, visando garantir que toda matéria-orgânica e sujeira foram retiradas e que o veículo esteja seco. Todo esse processo deve estar registrado em um documento.
O ideal, ainda segundo Simão, é que todo o processo utilizasse frotas dedicadas para cada tipo de animal, a fim de diminuir a transmissão de doenças. Quando se trata do processo de carregamento dos animais, o embarcadouro deve ser projetado a fim de evitar contaminações por vetores externos e facilitar o deslocamento dos suínos.
Ele deve estar coberto, a prova de pássaros e construído a partir de materiais que facilite a limpeza. A área também deve ter uma mangueira para a limpeza, com espaços para escorrer a água quando for lavar o embarcadouro.
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