Transferência de Embriões (TE) é o método pelo qual transferimos um embrião de uma égua (doadora) para outra (receptora), técnica é o resultado de muitos anos de pesquisa e estudos.
Vantagens da transferência de embriões (TE):
- Mais de um potro da mesma égua por ano;
- Conseguir potros de éguas que estão em campanha ou em competições;
- Obter produtos de éguas idosas ou com problemas de parição e/ou gestação;
- Ter potros de éguas valiosas sem que estas corram risco;
- Antecipar o ingresso de fêmeas jovens na reprodução;
- Opção de comprar ou vender embriões da égua e do garanhão de sua escolha;
- Avaliação da progênie materna em um curto espaço de tempo.
O que é a transferência de embrião (TE)?
TE é o método pelo qual transferimos um embrião de uma égua (doadora) para outra (receptora). Esta técnica é o resultado de muitos anos de pesquisa e estudos.
A técnica da TE consiste em colher o embrião da égua doadora, que é coberta ou inseminada o mais próximo possível da ovulação. Para que possamos detectar a ovulação, a égua doadora deve ser acompanhada diariamente desde o primeiro dia do cio até o momento da ovulação com o auxilio da ultra-sonografia.
Para garantir o sucesso
Para atingir o sucesso em um programa de transferência de embriões em equinos, muitos fatores devem ser levados em conta e saber onde está o erro facilita e muito para que na próxima tentativa as chances de sucesso aumentem consideravelmente. Leia os pontos abaixo e veja se você consegue identificar algum erro que possa estar ocorrendo na sua criação.
1 – Manejo
Quando realizado de forma incorreta, o manejo dos equinos pode afetar, diretamente e de forma negativa, a transferência de embriões. É importante que os profissionais ligados às atividades diárias dos animais estejam cientes de como fazê-las. Alimentação e estresse são dois pontos importantes do manejo que devem ser analisados com cuidado.
2 – Protocolo de Sincronização de Estro
Este é um ponto de extrema importância, mas que, muitas vezes, acaba sendo o ponto chave quando a transferência de embriões não tem o resultado esperado. Saber em qual fase do ciclo estral os animais estão no momento da utilização na reprodução é crucial para garantir o sucesso da mesma.
3 – Indução da Ovulação
A forma como o médico veterinário faz a indução da ovulação e o dia que isso irá acontecer devem ser cuidadosamente decididos por ele, de acordo com as particularidades de cada animal, principalmente quando pensamos em doadora e receptora. Muitas vezes ocorrem erros nesta etapa por pensar que todos os animais poderão seguir um mesmo padrão.
4 – Tipo de Sêmen
Utilizar o tipo de sêmen inadequado é um erro comum em alguns casos. Como estamos falando de biologia, que não é uma ciência exata, é importante que o médico veterinário tenha conhecimento das diferenças entre os tipos de sêmen que podem ser utilizados na inseminação. Além da diferença devido ao tipo de armazenamento (a fresco, resfriado e congelado), ainda existem as particularidades de cada raça e até mesmo de cada indivíduo da mesma raça. Todos estes detalhes devem ser estudados para não atrapalhar o programa de transferência de embriões.
5 – Condição Corporal
O escore corporal e o estado de saúde dos animais que serão utilizados no programa devem ser cuidadosamente avaliados, pois muitas vezes são utilizados animais inaptos para a transferência de embriões e mesmo que todo o restante do programa seja realizado da forma correta, ao final os resultados não serão satisfatórios.
6 – Dia do Lavado Uterino
É de extrema importância que todo o programa de transferência de embriões seja acompanhado por um médico veterinário, pois só este profissional terá todo o conhecimento necessário para identificar o momento correto de se realizar cada etapa. Realizar o lavado uterino um pouco antes, ou um pouco após o tempo adequado pode levar por água abaixo todo o trabalho realizado até então.
7 – Avaliação do Embrião
Após o lavado uterino o embrião deve ser minunciosamente avaliado sendo que aqueles que apresentarem algum tipo de imperfeição devem ser descartados. Somente embriões totalmente aptos e na fase certa devem ser então inovulados no útero da receptora. Utilizar embriões que apresentam algum tipo de defeito é um “tiro no pé”.
Viu como alguns detalhes que podem parecer insignificantes ao final do programa de transferência de embriões pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso na reprodução?
Fonte: Genetic Jump e CPT Cursos Presenciais