De acordo com professor da Unesp, a plantabilidade é definida em pequenos detalhes que muitas vezes passam despercebidos, confira as dicas!
A safra 2020/2021 de soja está começando. Muitos produtores estão de olho na previsão do tempo para começar os trabalhos, mas, segundo o professor Paulo Arbex, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu, há outros detalhes que merecem atenção.
Em entrevista ao Mercado & Companhia, o docente contou cinco segredos para obter grandes produtividades. “São detalhes que às vezes podem passar despercebidos pelo produtor”, alerta.
1) Escolha de insumos
De acordo com Arbex, escolher sementes e adubo de qualidade é o primeiro passo para uma produção de sucesso. “Se investe, o produtor tem um arranque inicial melhor que afeta bastante a plantabilidade. Se arrancar bem, a chance de sucesso é maior”, diz.
2) Dessecação e corte da palha
O professor da Unesp afirma que como a maioria dos agricultores cultiva soja com plantio direto, é necessário fazer um planejamento da dessecação, para que a palha esteja seca no momento do plantio, o que facilita o trabalho da plantadeira.
3) Manutenção da máquina
Arbex afirma que muitas vezes o cuidado com a plantadeira é deixado em segundo plano por desconhecimento. “O produtor não sabe da importação de, por exemplo, ter um disco sem defeitos. Tem que ter um cuidado com todas as molas e rolamentos. Isso faz uma diferença danada. Quanto mais manutenção preventiva fizer, mais terá a máquina disponível no momento do plantio, tendo que fazer menos manutenções corretivas”, pontua.
4) Distribuição de sementes e adubos
Outro ponto importante, segundo o especialista, é a distribuição correta dos insumos. “Temos máquinas e dosadores excelente, mas tem que estar bem regulados. Tem gente na soja que acha que pode colocar qualquer quantidade de semente que depois a soja compensa. Mas cada semente conta, então tenho que ser o mais preciso possível”, diz.
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5) Velocidade de deslocamento
Paulo Arbex diz que alguns produtores, por terem janelas de plantio curtas, acabam correndo com os trabalhos de campo, mas isso não é correto. “Tem que plantar com capricho. Não existe nada exato, matemático, mas é observado que aumentar a velocidade diminui a qualidade do plantio”, diz.
Segundo ele, em semeadoras mecânicas, em condições ideais, a velocidade adequada é de 5 km/h a 5,5 km. Já para equipamentos pneumáticos, a recomendação é de até 7 km/h. “Mas a melhor velocidade de plantio é aquela que o produtor verifica em campo”, frisa.
Fonte: Canal Rural