Os destaques foram Muchacho de Santa Angélica, BT Butiá, Tañido Redoblado e Capanegra Jacarta, grandes campeões da raça Crioula, veja!
No mês de junho descobrimos um pouco mais sobre as origens e trajetórias de grandes nomes da raça Crioulo na série Grandes Cavalos, Grandes Histórias. Seja por suas exímias funcionalidades, morfologias ou genéticas, os exemplares que apareceram durante o mês se destacaram e deixaram um legado na raça Crioula.
É possível acompanhar as atualizações da série no Facebook e no Instagram @cavalocrioulooficial todas as quintas-feiras. No mês de junho os destaques foram Muchacho de Santa Angélica, BT Butiá, Tañido Redoblado e Capanegra Jacarta. Confira e relembre os principais fatos sobre eles abaixo.
Muchacho de Santa Angélica
O exemplar do #TBT de hoje se mantém firme no Registro de Méritos da ABCCC. Com vocês, um dos memoráveis garanhões da raça Crioula: Muchacho de Santa Angélica. Muchacho nasceu em 1984 e teve uma trajetória que durou 31 anos, seguindo a genética de longevidade do pai.
Considerado um dos exemplares com o maior número de descendentes finalistas do Freio de Ouro em 2014, o colorado registra mais de 1800 pontos em sua 6ª colocação na tabela de Méritos, contando com 909 descendentes, divididos entre filhos e netos. Dentre eles temos os consagrados com Freio de Ouro: Candidato Simpatia (2002), Ganadero da Harmonia (2006), Alcalina 441 Maufer (2010) e Farrera de Los Campos (2016).
Com sangue chileno de pais também presentes no Registro de Méritos, Muchacho é de criação de Paulino e Agenor Ávila Costa e foi propriedade de Jacó, Maurício e Fernando Weiand. Filho de Santa Elba Señuelo, que presenteou a raça com seus 33 anos de vida e foi um grande reprodutor, registrando mais de 220 filhos e mais de 1.200 netos. Ele também já teve seu espaço aqui na série Grandes Cavalos, Grandes histórias. Já na linha materna traz La Amanecida Muchachita, também de pelagem colorada.
BT Butiá
Destaque na funcionalidade, morfologia e genética, o #TBT da série Grandes Cavalos, Grandes Histórias de hoje traz o atual vigésimo terceiro colocado no Registro de Mérito da ABCCC, BT Butiá.
Nascido em 1987, o tordilho vinagre conta com três prêmios conquistados, um deles repleto de emoção e significado. O início de tudo se deu em 1993, quando Butiá, montado por Marcelo Bertagnolli, conquistou o seu primeiro Freio de Bronze. Após a conquista, também montado pelo jovem ginete, BT Butiá alcançou o mais alto prêmio raça, o título de Freio de Ouro em 1994. Butiá ainda teve mais uma participação no ciclo do Freio de Ouro em 1995, atingindo seu segundo troféu de prata.
Com pais também presentes no Registro de Mérito, Butiá é filho de La Invernada Hornero e BT Tormenta, carregando no sangue a genética campeã. Mesmo com os títulos e a descendência, BT Butiá ainda se consagra como um grande reprodutor, possuindo mais de 300 filhos e netos que continuam sua saga de pontuações. Entre eles temos Nácar do Purunã, finalista no Freio de Ouro em 2006; Napoleão do Purunã, Campeão na categoria Cavalo Adulto na Expointer de 2004 e Butiá Olodum, Freio de Prata em 2001 e 2007, segundo colocado na FICCC em 2009 e avaliado em mais de R$ 500 mil.
BT Butiá morreu em 2009 sob a propriedade de Mariano Lemanski, da Cabanha Estância São Rafael em Balsa Nova/PR. Já a criação foi por conta de Flávio Bastos Tellechea, na Cabanha Paineiras em Uruguaiana/RS, responsável pelo plantel BT.
Tañido Redoblado
O #TBT de hoje é com o cavalo que, para muitos, é o reprodutor argentino mais comprovado funcionalmente no Brasil. Afinal, o seu trabalho genético proporcionou à raça Crioula uma respeitável quantidade de vitoriosos filhos e netos. A série “Grandes Cavalos, Grandes Histórias” apresenta Tañido Redoblado.
Presente no Registro de Méritos da ABCCC – na 11ª posição, com 1413,5 pontos -, Tañido Redoblado, filho de Tañido Trampolín e Del Oeste Diferente, foi trazido para o Brasil com sete anos de idade por Nestor Jardim, em 1987, já como Reservado Grande Campeão da FICCC 1985 (ao lado do pai, Trampolín, Grande Campeão da mesma exposição).
No Brasil, o garanhão foi utilizado como reprodutor na Cabanha Santa Edwiges durante muitos anos e sua genética invejável foi distribuída entre os seus 616 descendentes. Com os filhos, muitos Freios foram conquistados. O Freio de Ouro foi alcançado por Punhalada de Santa Edwiges (1998), Reservada de Santa Edwiges (2000, além do Freio de Ouro FICCC 2000) e JA Xalalá (2005); e o Freio de Prata com Nuvem de Santa Edwiges (1996), Quero Quero de Santa Edwiges (1998) e Desafio de Santa Edwiges (2013).
Na Morfologia, sua filha Regalada de Santa Edwiges foi Reservada de Grande Campeã da Expointer 1999, e JA Xalalá foi Reservada de Grande Campeã da Expointer em 2004 e 2005. Entre os netos, é possível destacar Feriado de Santa Edwiges (Freio de Ouro 2011) e JA Impecável (Freio de Bronze 2014).
Tañido Redoblado faleceu em 27 de fevereiro de 2007, aos 28 anos, e deixou 18 gerações na Cabanha Santa Edwiges, em São Lourenço do Sul/RS, de propriedade de Daniel Azanello.
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Capanegra Jacarta
O #TBT de hoje é sobre um cavalo que em pouco tempo acumulou feitos – especialmente por sua carreira funcional – e cravou o seu nome na história da raça Crioula. Capanegra Jacarta, filho de Hilário do Purunã e Capanegra Ana Terra, nasceu em 2002, criado na Cabanha Capanegra, em Dom Pedrito/RS.
Em 2007, chegou à final do Freio de Ouro, na qual terminou na quinta colocação. Depois, em função de algumas lesões, ficou afastado das pistas, até finalmente retornar à final do Freio de Ouro no ano de 2014. Foi nessa edição que disputou ao lado de um dos seus filhos mais conhecidos: Festejo 1061 Maufer.
Aliás, a herança genética deixada por Capanegra Jacarta é uma das marcas mais profundas em sua trajetória. Entre os 334 descendentes destacam-se nomes como Capanegra Quinta Sinfonia, Freio de Ouro 2017, e Jasmim do Mako, Doma de Ouro 2019. Outros nomes, como El Barquero 04 Patagonia e Capanegra Tentadora II, também são lembrados.
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Capanegra Jacarta também permaneceu durante duas temporadas na Argentina, onde serviu éguas das mais importantes cabanhas. Um de seus produtos por lá foi Guampa Linda Carta, quarta melhor fêmea de Palermo.
Em 2020, uma de suas filhas já fez bonito. Logo na primeira atividade após a retomada, Capanegra Una Novia ficou em 1º lugar na Credenciadora de Inéditos do Núcleo da 6ª região, em Esteio/RS, com o ginete Cézar Augusto Schell Freire.
Fonte: ABCCC