Top 10 ‘Gigantes do Agro’ faturaram quase R$ 1 trilhão

Impressionante como o setor é o verdadeiro motor da economia nacional. Segundo a Forbes, das 100 companhias que atuam no setor, apenas as 10 maiores faturaram quase R$ 1 trilhão; Confira quais são elas!

Porém, esse não é o único recorde! As empresas do setor seguem obtendo resultados cada vez melhores. É o que prova a quarta edição da Forbes Agro100. O setor vem respondendo por quase 1/3 do PIB brasileiro, conseguindo se provar como um verdadeiro motor da economia nacional. Segundo a Forbes, das 100 companhias que atuam no setor, apenas as 10 maiores faturaram quase R$ 1 trilhão; Confira quais são elas!

As 100 companhias listadas faturaram R$ 1,38 trilhão em 2021, alta de 34,6% em relação ao R$ 1,02 trilhão obtido em 2020. O crescimento não é privilégio das empresas menores. As 10 maiores companhias incluídas nesta lista auferiram receitas de R$ 929,6 bilhões, avanço de 34,7% ante os R$ 689,7 bilhões do ano anterior. Das 100 empresas participantes, 21 faturaram mais de R$ 10 bilhões, e 90 delas tiveram resultados de mais de dez dígitos”, informou matéria divulgada pela Forbes Agro.

Agronegócio brasileiro segue colhendo recordes. Podem ser recordes de produção – a estimativa do IBGE para a safra de grãos 2022/2023 é de 288,1 milhões de toneladas, alta de 9,6% (25,3 milhões de toneladas) ante 2021/2022. O Ministério da Agricultura espera 300 milhões de toneladas em 2024/2025. Ao longo desta década, a estimativa oficial é de expansão de 27,1% em comparação com o fim da década passada.

O desempenho dos principais setores segue pujante. As empresas de proteína animal faturaram, em conjunto, R$ 520 bilhões, crescimento de 28,9%. As exportações totais de carne bovina em 2022 cresceram 42% na receita e 26% no volume e são as maiores da série histórica do produto no país (carne in natura + carne processada). Aproveitando a boa maré do mercado mundial, principalmente do mercado chinês que representou mais da metade das vendas, tanto nos preços (60,9%) como nos volumes (53,3%), o Brasil obteve uma receita de US$ 13,091 bilhões no ano passado e movimentou 2.344.736 toneladas.

Ainda segundo a Forbes, o segundo maior setor do agronegócio foi o de alimentos e bebidas, somando cerca de R$ 270,4 bilhões em receita, avanço de 36,4%. A maior alta veio do setor de agroquímica e insumos, com aumento de 49%. O faturamento desse segmento avançou devido à alta dos preços internacionais do petróleo, causadas principalmente pelo conflito entre Rússia e Ucrânia.

Os dados da edição Forbes vieram da colaboração da S&P Global Market Intelligence, ligada ao conglomerado internacional S&P, mais importante empresa de classificação de riscos do mundo, ou foram enviados pelas próprias empresas.

Top 10 ‘Gigantes do Agro’ faturaram quase R$ 1 trilhão

1) JBS

  • Setor: Alimentos e Bebidas
  • Fundação: 1953, em Anápolis (GO)
  • Receita: R$ 350,69 bilhões
  • Principal executivo: Gilberto Tomazoni

Maior empresa de Alimentos e Bebidas e segunda maior empresa de alimentos do mundo, a JBS é a segunda maior companhia brasileira e a maior empresa privada em faturamento. Uma gigante com cerca de 400 unidades produtivas em 15 países nos cinco continentes, a companhia vai muito além das carnes bovina, suína e de aves. Ela possui negócios correlacionados, como couros, biodiesel, higiene pessoal e limpeza, soluções em gestão de resíduos sólidos e embalagens metálicas, e recentemente entrou nos alimentos alternativos, investindo em proteína vegetal.

2) Cosan

  • Setor: Agroenergia
  • Fundação: 1936, em Piracicaba (SP)
  • Receita: R$ 113,09 bilhões
  • Principal executivo: Luis Henrique Cals de Beauclair Guimarães

Uma das maiores empresas de agroenergia do país, a Cosan nasceu em 1936, quando os irmãos Pedro Ometto e João Ometto associaram-se ao empresário Mário Dedini para comprar a usina Costa Pinto, em Piracicaba, interior de São Paulo. Em 1989 o grupo chegou a ser o maior produtor de açúcar e álcool do mundo, com 22 empresas e moagem de 10,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, 5% do total brasileiro. Atualmente, produz e exporta etanol e açúcar, gerando energia ao utilizar o bagaço da cana.

3) Cargill Agrícola

  • Setor: Alimentos e Bebidas
  • Fundação: 1865, em Conover, Iowa (EUA). No Brasil desde 1965
  • Receita: R$ 101,09 bilhões
  • Principal executivo: Paulo Sousa

A Cargill é um caso raro: foi fundada há 156 anos nos Estados Unidos como um armazém para grãos, é uma empresa gigantesca de capital fechado e seu controle permanece com a família fundadora. Atua nas áreas de alimentos, energia e logística. No Brasil desde 1965 e empregando cerca de 11 mil funcionários, é a maior empresa de capital não brasileiro desta lista. Em 2021, sua receita líquida no país superou R$ 100 bilhões pela primeira vez. Possui marcas tradicionais como o óleo de milho Mazola, a maionese Lisa e os molhos e extrato de tomate Elefante.

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Foto: Divulgação

4) Marfrig Global Foods

  • Setor: Alimentos e Bebidas
  • Fundação: 2000, em São Paulo (SP)
  • Receita: R$ 85,38 bilhões
  • Principal executivo: Rui Mendonça Júnior

Segunda maior empresa de alimentos e bebidas do mundo, em 2021 a Marfrig assinou um acordo de financiamento no valor de US$ 30 milhões, com prazo de 10 anos e vinculado à sustentabilidade para investir em uma cadeia de fornecimento de gado socio ambientalmente responsável na Amazônia e no Cerrado. Fundada em 2000, é uma das companhias brasileiras de alimentos mais internacionalizadas. Seus produtos estão presentes em cerca de 100 países. São 30 mil colaboradores em 21 unidades produtivas bovinas, 10 centros de distribuição e comerciais e espalhadas por quatro continentes.

5) Ambev

  • Setor: Alimentos e Bebidas
  • Fundação: 1999, em São Paulo (SP)
  • Receita: R$ 72,85 bilhões
  • Principal executivo: Jean Jereissati Neto

Maior cervejaria do mundo, nascida da compra da Antarctica pela Brahma, a gigante industrial AmBev também atua no agronegócio. A cervejaria é uma voraz consumidora de cevada, matéria-prima do malte, principal insumo da cerveja. Nesse sentido, a Ambev produz cevada diretamente no Paraná e no Rio Grande do Sul, e atua também em parceria com cooperativas nessas regiões, que produzem cevada para abastecer suas maltarias. A AmBev está estudando uma ampliação de suas atividades e mirando no mercado de energéticos.

6) BRF

  • Setor: Alimentos e Bebidas
  • Fundação: 2009, em São Paulo (fusão de Perdigão e Sadia)
  • Receita: R$ 48,34 bilhões
  • Principal executivo: Miguel de Souza Gularte

A BRF surgiu em 2009 pela fusão de duas concorrentes. A Perdigão, fundada em 1930 em Videira (SC), e a Sadia, que surgiu na década seguinte em Concórdia, também em Santa Catarina. Como resultado da fusão, a BRF é uma das maiores empresas de alimentos do mundo e é a maior exportadora de carne de frango do Brasil. A empresa possui mais de 30 marcas em seu portfólio. Nos últimos anos, as ações vêm sendo prejudicadas por mudanças na gestão, que privilegiaram o aspecto financeiro e abriram espaço para que a concorrência crescesse, em especial no segmento de alimentos processados.

Foto: Divulgação

7) Suzano Holding

  • Setor: Madeira, Celulose e Papel
  • Fundação: 1924, em São Paulo (SP)
  • Receita: R$ 40,97 bilhões
  • Principal executivo: Walter Schalka

A alta das commodities no mercado internacional e a apreciação do dólar frente ao real vêm fazendo a Suzano, maior empresa de celulose do Brasil, divulgar sucessivos recordes em seus resultados. Seus custos de produção estão entre os menores do mundo e a companhia vem mantendo uma forte geração de caixa mesmo em períodos de baixa das cotações internacionais. Em 2021 ela registrou o maior Ebitda da história, R$ 23,471 bilhões. Está investindo R$ 19,3 bilhões no Projeto Cerrado, com uma nova fábrica de celulose em Mato Grosso do Sul.

8) Copersucar

  • Setor: Agroenergia
  • Fundação: 1959, em São Paulo (SP)
  • Receita: R$ 40 bilhões
  • Presidente executivo: Tomás Caetano Manzano

A Copersucar é a maior cooperativa brasileira. No setor de açúcar ela exportou cerca de 12 milhões de toneladas para 40 países. No mercado doméstico, sua participação cresceu de 19% para 25% do mercado, com 2,1 milhões de toneladas comercializadas. No mercado global de etanol, a plataforma Copersucar comercializou mais de 10 bilhões de litros, dos quais 4 bilhões foram vendidos no Brasil e 6 bilhões nos Estados Unidos, por meio da Eco-Energy. A empresa segue ampliando sua estrutura logística americana, com a construção de um terminal em Phoenix (Arizona) e início das obras do terminal em Stockton (Califórnia), o 11º terminal próprio.

9) Louis Dreyfus

  • Setor: Tradings e Comércio
  • Fundação: 1851, na Alsácia (França). No Brasil desde 1942
  • Receita: R$ 38,88 bilhões
  • Principal executivo: Murilo Parada

Criada em 1851 na região francesa da Alsácia e dedicada a exportar trigo da França para a Suíça, a Louis Dreyfus atualmente é uma das principais companhias dedicadas à comercialização e ao processamento de grãos. É uma das poucas empresas centenárias cujo controle permanece com a família fundadora. No Brasil desde 1942, aonde chegou por meio da aquisição da Coinbra, a Louis Dreyfus atua em café, algodão, grãos, suco, oleaginosas, arroz e açúcar, sendo uma das dez maiores exportadoras do Brasil. A companhia opera cerca de 60 unidades industriais e logísticas no país e emprega 11 mil pessoas.

10) Amaggi

  • Setor: Alimentos e Bebidas
  • Fundação: 1977, em São Miguel do Iguaçu (PR)
  • Receita: R$ 38,21 bilhões
  • Principal executivo: Judiney Carvalho de Souza

O grupo Amaggi foi um dos pioneiros na produção de soja no Mato Grosso, onde está desde 1979. É o maior produtor de soja de capital 100% nacional e atua em outras três áreas: trading, logística e energia. Na trading, o grupo exporta soja e milho e importa e distribui insumos agrícolas. Na logística, criou e administra o Corredor Noroeste de Exportação, formado pelos rios Madeira e Amazonas, por onde são escoados os grãos das regiões noroeste de Mato Grosso e sul de Rondônia. Produz anualmente cerca de 1,2 milhão de toneladas de grãos e fibras, entre soja, milho e algodão.

Foto Divulgação

Compre Rural com informações da Forbes Agro

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