José Luiz Tejon Megido, embaixador da Campo Grande Expo 2019 enaltece o agronegócio como alavanca para crescimento do Brasil.
“O que o mundo demanda o Brasil faz”, disse José Luiz Tejon Megido. O embaixador da Campo Grande Expo, que é um dos papas do agro brasileiro, falou sobre o agronegócio ser a alavanca de crescimento do país em sua palestra e no Painel de Líderes que aconteceu na tarde desta terça-feira (28), durante o evento que acontece na capital sul-mato-grossense. Para isso o Brasil precisa seguir a meta de dobrar o agronegócio em 5 anos.
Além de Tejon, o Painel de Líderes, com o tema “Desafio: Dobrar o agronegócio em 5 anos” contou com a participação de Charles Tang, presidente binacional da Câmara de Comércio Indústria, Rubens Hannun, presidente da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Irineo da Costa Rodrigues, presidente da Cooperativa Lar, Alan Fernandes, presidente do banco Haitong e Maurício Saito, presidente da Famasul.
Para Tejon, a meta de dobrar o agronegócio brasileiro, que vale de US$ 400 bilhões a US$ 500 bilhões, é uma necessidade. Segundo ele, com a valorização do setor para US$ 1 trilhão, será possível fazer com que o PIB do Brasil cresça 4% ao ano, nos próximos 5 anos. “Tem mercado demandante pra isso e o agronegócio que tem as condições para que o Brasil possa crescer de maneira aceitável. O agronegócio é a alavanca do crescimento”, avalia.
A saída, diz o palestrante, é comover a liderança agroempresarial brasileira para que esta, por sua vez, comova o governo neste sentido. “Com planejamentos, cadeia produtiva, mercado internacional e local, com plano de negócio, com grande ênfase e suporte a uma política agroindustrial”, detalha.
- Vaca Nelore Carina FIV do Kado bate recorde mundial de valorização
- ‘Boicote ao boicote’: cadeia produtiva de bovinos quer deixar o Carrefour sem carne
- Jonh Deere enfrenta possíveis tarifas com sólida estratégia, diz CEO
- Maior refinaria de açúcar do mundo terá fábrica no Brasil para processar 14 milhões de t/ano
- Pecuarista é condenado a 3 anos de prisão por matar mais de 100 pinguins na Argentina
A pergunta natural para que tal meta seja atingida é: como? Tejon explica que primeiramente é preciso haver objetivo e planejamento e então as adequações necessárias surgirão. “Tudo será decorrência de uma meta a ser perseguida, com possibilidade de ser atingida. O ‘como’ vem depois. Mas não uma série de ‘comos’, alguns importantes, alguns completamente não importantes, que fica se discutindo”.
Os participantes do painel reconheceram que o Brasil é o país que mais tem condições de responder às necessidades do mundo. Hannun lembrou que o comércio com os países árabes certamente irá aumentar e pode atender à toda população muçulmana.
Rodrigues mencionou a força da agroindústria, que gera empregos, mas cita que há desafios de infraestrutura a serem vencidos para alcançar o marco dos US$ 1 trilhão. Saito, por sua vez, atenta para a capacidade produtiva de Mato Grosso do Sul, mesmo com as questões de logística no escoamento.
“O Brasil aprendeu a produzir em ambiente tropical, o que ninguém sabia fazer até há pouco tempo atrás. O Brasil é o único país que tem condições de crescer tanto em sua base produtiva. Temos oportunidade de produtividade e muita área agricultável, sem precisar cortar uma árvore”, diz Tejon.
O jornalista aponta que o agronegócio no mundo é avaliado em US$ 20 trilhões e o que PIB do planeta gira em torno de US$ 90 trilhões. Ainda, o Brasil atualmente movimenta mais de US$ 400 bilhões. “A meta de US$ 1 trilhão é apenas participar de 5% do mercado mundial. Envolve criatividade, inovação, que as cadeias se reúnam e não briguem entre si, que a gente tenha objetivos de buscar mercados juntos”, finaliza Tejon.
Programação da Campo Grande Expo 2019
A Campo Grande Expo ainda conta com diversas atividades. O evento vai de 28 de maio até dia 1o de junho das 08h às 18h na MS 080 KM 2 – Campo Grande – Mato Grosso do Sul, mais informações pelo site.