Tecnologia faz plantação vertical de trigo render 26 vezes mais

Empresa holandesa desenvolve produção de trigo na vertical, sem solo, com menos água e sem adição de fertilizantes e sem defensivos.

Uma empresa holandesa anunciou que obteve sucesso com a produção de trigo por meio de estudos e tecnologia, em uma fazenda vertical, sem usar solos, defensivos químicos e usando menos água do que seria necessário para produzir em campo aberto. Sendo a primeira iniciativa de sucesso de que se tem notícia no mercado, ela abre novas oportunidades para a produção do grão, ampliando o leque de fornecimento além do cultivo extensivo.

O trigo é um dos alimentos mais importantes quando se pensa em alimentação. Ele chega a representar até 40% do consumo de proteínas no mundo, segundo o Fast Company Brasil. Apesar disso, sofre com barreiras comerciais, principalmente agora com a guerra da Ucrânia. Espera-se que a longo prazo o aumento deste alimento nas cozinhas e na indústria alimentícia impulsione-o ainda mais.

Além de alimento humano, o farelo do trigo também pode ser utilizado como ração para o gado. Este cereal tem importante papel na rotação de culturas em sua lavoura, fertilizando o solo para as próximas gerações.

Os primeiros ensaios da Infarm, empresa que anunciou a produção de trigo em fazendas verticais, tiveram ótimos resultados. Foram projetados 11,7 quilos por metro quadrado de rendimento por ano, o que equivale a 117 toneladas por hectares/ano, 26 vezes o rendimento a céu aberto.

Como base de comparação, segundo o Ensaio Estadual de Cultivares de Trigo 2020, a média de quilos por hectares de trigo é de 4,5 a 5,6 toneladas. Em um caso isolado de sucesso em produtividade, o Brasil chegou a 9,6 toneladas por hectare.

É importante ressaltar que esta empresa está localizada em lugares frios, com dezenas de unidades produzindo continuamente folhagens e frutos, essenciais para evitar a sazonalidade e grandes variações de preços para o consumo local durante todo o ano.

“Ser capaz de cultivar trigo em ambientes fechados é um marco para nós e de importância significativa para a segurança alimentar global, já que é uma cultura densa em calorias e intensa em recursos, de um grão que é componente central das dietas em todo o mundo”, destaca Erez Galonska, CEO e cofundador da companhia.

Fonte: Olhar digital

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