Causando prejuízos gigantescos, saiba quais são as técnicas utilizadas pelos controladores na hora de abater essas pragas, os Javalis. Vamos a caça?
O javali chegou no Brasil durante a década de 90, esse animais foram introduzidos onde seriam criados para produção e comercialização de sua carne exótica. Entretanto, por não haver um manejo e controle desses criatórios por parte dos responsáveis e fiscalizadores, os animais acabaram se tornando praga para no país.
Para abater um javali, um caçador precisa ter técnicas apuradas. Uma das mais comuns é a de tiros de curta distância. Munido de armas com calibre acima de 38, um controlador precisa ter precisão para acertar o disparo.
“A CAÇA DE CONTROLE É RECOMENDADA EM TODOS OS PAÍSES AFETADOS PELO PROBLEMA E NÃO CAPRICHO DE PESQUISADORES, CAÇADORES E GESTORES AMBIENTAIS TUPINIQUINS.”
Muitas vezes, um javali pode ter mais de 90 kg. Caso o animal decida se defender e partir para cima da pessoa, é preciso acertar em cheio ou a integridade física estará em risco. Assim, cabeça e patela são os alvos.
A mudança relacionada ao uso das armadilhas foi incorporada por representarem um método eficaz de captura e controle, complementar a outras medidas.
Além disso, atende aos agricultores de baixa renda, que não teriam recursos para arcar com os gastos relacionados às armas de fogo.
No caso das facas é mais complicado. O caçador precisa do auxílio de cachorros de “pega” – animais treinados para morder e não soltar até segunda ordem – para só então se aproximar. A facada precisa entrar na jugular do javali paras evitar qualquer outro tipo de reação.
Um método mais complicado é a utilização da zagaia. A lança de ponta fina é capaz apenas de perfurar o animal, forçando o controlador a realizar uma série de golpes para vencer o javali, conhecido pelo corpo extremamente resistente.
Uma caçada completa, veja o vídeo:
Seja com arma, faca, cachorro ou flecha, uma coisa é certa: Os javalis são uma praga e precisam ser abatidos o quanto antes, antes que causem mais prejuízos ao nosso país.
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Com pesquisas ainda em desenvolvimento, segundo o pesquisador da Embrapa Pantanal, Guilherme Mourão, um dos objetivos é conseguir algum tipo de dado sobre a quantidade de javalis ou javaporcos existentes no Estado. “Não sabemos quantos animais existem no Estado nem no País, mas sabemos que a população de javalis cresce mais a cada ano no Brasil”.
Sobre os impactos ambientais, eles começam desde o pisoteio de plantas em áreas de nascentes de rios até aumentar erosão perto de riachos. “Os javalis comem de tudo até ovos de aves que fazem ninhos no chão também são alvos desses animais. Há uma série de preocupações em relação ao comportamento de javalis, mas as erosões nas nascentes têm chamado bastante atenção”, explica.
Conforme o pesquisador, impactos econômicos podem acontecer de duas formas. “Uma delas é o impacto direto sobre as culturas, principalmente do milho, pois os javalis pisoteiam as plantas, causando grande estrago. Não há um estudo confiável de quanto é perdido na safra devido ao ataque desses animais, mas o que sabemos são o que os produtores avaliam de perdas”, explica.
Mourão diz ainda que outra preocupação é a transmissão de doenças dos javalis para suínos de granja. “Brasil é um grande produtor de carne suína e os javalis podem transmitir a peste suína para animais de granja, podendo assim comprometer a exportação de carne se houver surtos descontrolados dessa doença. Mato Grosso do Sul e outros Estados exportadores são considerados livres dessa peste, mas os governos vão ter que começar a se preocupar com o contato dessas populações selvagens com animais de cativeiro”.
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Javalis são animais inteligentes, aprendem evitar armadilhas e é uma espécie de difícil controle, até mesmo em países desenvolvidos, conforme Mourão.
“Estamos testando tipos diferentes de captura desses animais e vemos que algumas pessoas têm tido sucesso com armadilhas diferentes, mas ainda assim, temos que desenvolver métodos para controlar os javalis”, finaliza.