Qualidade do produto a ser gerado pode ser mais importante que 2 a 4% a mais de prenhez. Veja o fim do dilema na matéria abaixo!
A busca por melhores resultados no uso da inseminação artificial por tempo fixo pode mascarar perdas na qualidade da carne do produto que será gerado. A avaliação foi feita por Heitor Pinheiro Machado, gerente da Casa Branca Agropastoril, durante apresentação da tecnologia genômica adotada pela empresa, em Silvianópolis, MG.
“Não acho que isso [taxa de prenhez] seja desprezível, mas esse não pode ser o único ponto de decisão, Para mim o ponto de decisão tem que ser a qualidade do produto que a aquele touro vai gerar”, explica Pinheiro Machado.
A empresa usa tecnologias que vão desde a tradicional fita métrica até ultrassom e testes de DNA para selecionar os melhores animais em seus programas de melhoramento genético. Segundo o gerente da Casa Branca, como é comum veterinários serem remunerados pela taxa de prenhez durante a IATF, também é comum que eles priorizem esse ganho em detrimento de outros que o produtor poderia ter apostando no melhoramento genético.
“A gente se obriga todo ano a produzir o melhor sêmen. Então o produtor começa a usar uma genética de 5 ou 6 anos atrás só porque aquele sêmen dá uma determinada taxa a mais de prenhez. Eu não acho que essa seja a melhor escolha”, observa Pinheiro Machado ao lamentar a perda em evolução genética que esses pecuaristas acabam se submetendo devido às más escolhas de seus técnicos e veterinários.
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A consequência, aponta o gerente da Casa Branca, é um boi terminado com menor qualidade. “A gente conhece muito produtor que faz bezerros meio sangue, engorda e quando leva para o abate não dá a carcaça de qualidade de carne que precisa para receber as bonificações, e isso acontece muito. Quem perde é o produtor, porque não são todos que fazem isso. Às vezes, você ter 2% ou 4% a mais na taxa de prenhez pode ser um ganho que lá na frente não vai se realizar”, ressalta.
Para ele, a decisão final de qual genética a ser aplicada deve ficar sob responsabilidade do produtor (e não do profissional responsável pela inseminação). “A decisão tem que ser do produtor.”
Fonte: Portal DBO