A evolução da cultura no Cerrado baiano foi acompanhada de perto por Alessandra Zanotto Costa, eleita para presidir a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) entre 2025 e 2026.
Por duas décadas, a Bahia mantém sua posição como o segundo maior produtor nacional de algodão. Na última safra, o estado produziu 1,6 milhões de toneladas de pluma. Para o ciclo 2024/25, estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta um incremento de 0,9% na produção do estado, devendo alcançar 1,7 milhões de toneladas, a depender do clima.
A evolução da cultura no Cerrado baiano foi acompanhada de perto por Alessandra Zanotto Costa, eleita para presidir a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) entre 2025 e 2026. Ela será a segunda mulher a ocupar este posto. Atualmente, a cotonicultura é vice-presidente da entidade que, no próximo ano, vai completar 25 anos de história.
À frente da Abapa, uma das pautas da gestão de Alessandra será o fortalecimento da comunicação com todos os elos da cadeia, mas, principalmente, o produtor de algodão. “A Abapa está aqui para não somente defender, mas dar suporte para o agricultor que quer continuar ou entrar na cultura e, através do trabalho do produtor, é que a gente vai conseguir fazer esse fomento aqui no estado e, inclusive, colocar a Bahia em um capítulo novo”, disse a vice-presidente da Abapa e presidente eleita ao Agro Estadão.
A sustentabilidade também deve ser um aspecto marcante na presidência de Alessandra, com aprofundamento das pautas ESG, nos âmbitos ambiental, social, econômico e de governança.
Hoje, já existem ações com essas facetas no setor, como o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), considerado um dos mais completos em questão de sustentabilidade da fibra em todo o mundo. O ABR é respaldado nas legislações ambiental e trabalhistas brasileiras, de onde derivam os 183 itens constantes no seu checklist de regras a seguir.
“Eu quero fortalecer cada vez mais a agenda de sustentabilidade. […] O algodão é uma cultura que exige muita eficiência, estratégia e cuidado que transcende a sociedade, o meio ambiente e as pessoas”, destaca Alessandra.
Uma vida dedicada ao algodão
Desde a infância, Alessandra esteve imersa no ambiente agrícola. Sua família é uma das pioneiras no cultivo de algodão no oeste baiano, com seu pai ingressando na produção no início dos anos 2000, logo após o retorno da cultura ao cerrado brasileiro.
Zanotto começou sua jornada de trabalho na cultura em 2005, cinco anos após o ingresso de seu pai. Anteriormente, ela cursava arquitetura, porém, precisou trancar a faculdade por questões de saúde na família e voltar para casa. Hoje, ela não se arrependeu da decisão, pelo contrário, foi “muito assertiva”, avalia.
“Uma feliz coincidência, o ano que vem a Abapa completa 25 anos e eu completo 20 anos de carreira dentro do algodão. Quando eu entrei no algodão, eu me identifiquei desde o início, realmente, com o que a cultura exige de um agricultor. Essa excelência, a minuciosidade, o cuidado”, enfatiza a produtora.
Embora Alessandra seja a segunda mulher a assumir a presidência da Abapa — a pioneira foi Isabel da Cunha, que presidiu a associação há cerca de 12 anos —, a nova posição representa não só um marco em sua carreira, mas uma responsabilidade diante dos desafios e oportunidades do setor.
“Todas as frentes de trabalho, até mesmo o produtor, precisa cada vez mais ter um olhar para o social. Então, isso é uma coisa que eu carrego muito comigo, e eu espero imprimir aí nessa gestão que eu vou fazer”, afirma Alessandra.
Fonte: Agro Estadão
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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