Técnica permite aumentar os índices de produtividade por meio da suplementação de precisão, uma ferramenta da “nova pecuária”
A pecuária brasileira, em específico a pecuária de corte, está passando por uma transição, se assim podemos dizer. O pecuarista deixou de ser “fazendeiro”, para entrar no ramo “empresarial”. O antigo sistema de criação já não permite mais ao produtor fechar as contas de forma lucrativa, ele já entendeu que é necessário a adoção de novas tecnologias para se alcançar a lucratividade.
Era muito comum a utilização da análise de solo para poder realizar a correção e adubação das pastagens, se atentando para os microminerais e garantir uma pastagem de qualidade. Esses pecuaristas passam a acompanhar, agora, as características e qualidade das pastagens que são ofertadas ao rebanho. Dessa forma, o plano nutricional para esse rebanho ganha mais uma métrica capaz de auxiliar nas tomadas de decisão, garantindo uma suplementação mais lucrativa.
O nome que se destaca para esse sistema é a “SUPLEMENTAÇÃO DE PRECISÃO“, lançada pelas empresas de nutrição, mas que demorou ganhar força dentro das fazendas. Diante da era da “nova pecuária“, os ajustes de forma mais precisa tem ganhado força e precisamos entender que o termo “precisão” utilizado na “pecuária de precisão” não significa utilizar uma tecnologia de computador, e sim trabalhar os pequenos detalhes.
Suplementar os animais a pasto é uma tarefa que já faz parte das fazendas, se você ainda não utiliza é bom correr contra o tempo. Entretanto, conhecer a carência nutricional de cada fazenda é muito importante para poder garantir o sucesso e um melhor aproveitamento dos nutrientes ofertados. Não adianta utilizar as melhores marcas de sal se, no final das contas, o maior custo estará deixando as margens cada vez mais apertadas.
Podemos definir o conceito de suplementação de precisão, como sendo uma prática nutricional na qual o fornecimento dos produtos é baseado no princípio da variabilidade das necessidades animais, no potencial produtivo/nutritivo das pastagens/solo e época do ano. É preciso ter conhecimento e parâmetros técnicos de consumo do gado, dessa forma, posteriormente iremos realizar um manejo nutricional capaz de atender as reais necessidades do rebanho.
Por onde começar
Para começar a adoção da prática é preciso realizar algumas análises e medições importantes:
- Análise de solo;
- Análise bromatológica das forrageiras;
- Diagnóstico nutricional do rebanho;
Esses são os primeiro passos para se ter uma suplementação de precisão. É importante ter o solo corrigido e equilibrados para que ele possa promover uma forrageira de qualidade e permitir uma produtividade que vai aumentar a capacidade suporte dessa área.
A suplementação de precisão tende a potencializar os resultados na engorda de animais e até na produção de leite
Pontos importântes
Quando vamos adotar a prática, é preciso ter em mãos as análises supracitadas e a partir das interpretações começar as tomadas de decisão. E aqui, vale ressaltar que para cada categoria animal existe uma exigência nutricional e essa deve ser levada em consideração para realizar a suplementação.
- Bezerros tem uma necessidade de fósforo para potencializar seu crescimento;
- Novilhas e vacas utilizam para a reprodução;
- Excesso de sódio leva a um baixo consumo do sal mineral e uma consequente deficiência de macro e micro minerais no rebanho.
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Quando avaliamos a parte do custo desse sistema de suplementação, precisamos ter cuidado para observar sempre que ocorre o aumento do desempenho desse animal, temos uma diluição desse custo nas @ produzidas. Ou seja, quando realizamos uma gestão eficiente dos nutrientes, teremos no outro lado da equação um maior ganho de peso no rebanho.
Todas essas tecnologias de PRECISÃO como a suplementação, cruzamento, pesagem, adubação e gestão, devem sempre andar em paralelo para que uma seja complementar a a outra. Dessa forma, teremos a garantia de um sistema ajustado em seus detalhes e com um grande potencial de lucratividade.
