Após a domesticação, o cavalo passou a ser utilizado em diversos segmentos, desde o trabalho em fazendas, policiamento, equoterapia, lazer e no esporte.
O equino é um animal herbívoro não ruminante e sua alimentação é baseada na ingestão de fibras. Em virtude do aumento das exigências energéticas dos equinos em trabalho, houve a necessidade do incremento calórico em sua dieta.
Primeiramente foi utilizado o amido proveniente dos grãos, mas o excesso deste componente pode impactar em distúrbios digestivos, tais como: cólicas, laminites (inflamações no casco) e miosites (inflamações nos músculos).
Com o objetivo de minimizar os riscos destas enfermidades, foram incluídos óleos de origem vegetal, mas seu uso torna-se limitado em grandes quantidades, por causa da baixa palatabilidade.
A nutrição equina avançou na utilização de fibras com melhor composição de carboidratos. A pectina é considerada uma “superfibra” devido às suas características, tais como: Rápida fermentação, sendo melhor aproveitada pela microbiota do intestino grosso, gerando alta produção de energia, que é liberada de forma modulada de acordo com a necessidade do animal; Maior tropismo pela água, evitando desidratação e melhorando a termorregulação durante atividade física;
Menor alteração do pH cecal, proporcionando um ambiente favorável ao desenvolvimento das bactérias benéficas produtoras de ácidos graxos voláteis, que são fontes de energia e garantem segurança alimentar.
Os cavalos participam de provas de diferentes modalidades de acordo com as raças e seleção genética. Algumas provas de longa duração podem variar de 40 minutos a duas horas, o que os enquadra nos exercícios predominantemente aeróbicos.
Diferentes fontes produtoras de energia são utilizadas durante as provas de resistência: carboidratos, gorduras e fibras, sendo o primeiro responsável pela maior proporção desta geração de energia nos vinte minutos iniciais e os dois últimos são estoques energéticos, que passam a ter maior participação após esse período. O condicionamento físico ideal irá proporcionar o aproveitamento adequado destas fontes, evitando assim a depleção das reservas e consequente fadiga muscular.
pectina é considerada uma “superfibra” devido às suas características
No entanto, a “superfibra” também oferece benefícios aos animais submetidos às provas de explosão, pois auxilia na termorregulação dos equinos e diminui a necessidade de inclusão de amido na dieta, fornecendo energia aos cavalos sem o risco de afecções causadas pelo excesso de amido na alimentação.
As informações são da Rural Soft