Ana Júlia, encontrada sem vida às margens do rio Formoso, em Bonito, MS, causou comoção e levantou preocupações sobre maus-tratos e conservação ambiental. O réptil, que media quase 7 metros, era fundamental para a biodiversidade local e reconhecida por especialistas e documentaristas; confira
A morte da sucuri mais famosa do mundo, conhecida como Ana Júlia, encontrada sem vida às margens do rio Formoso, em Bonito, MS, causou comoção e levantou preocupações sobre maus-tratos e conservação ambiental. O réptil, que media quase 7 metros, era fundamental para a biodiversidade local e reconhecida por especialistas e documentaristas.
Cristian Dimitrius, que acompanhou a sucuri por mais de uma década, expressou tristeza e indignação com o ocorrido. “Perder Ana Júlia é perder parte da história natural desta região. Ela era um símbolo da harmonia entre o homem e a natureza“, disse Dimitrius.
A Polícia Civil de Bonito (MS), com apoio da Polícia Militar Ambiental (PMA), está investigando a causa da morte da sucuri. O animal foi encontrado em estado de putrefação e deve passar por perícia para determinar a causa exata da morte. Conforme relatos da PMA, a sucuri foi encontrada morta pelo renomado documentarista de vida selvagem, Cristian Dimitrius, que há mais de 10 anos filma cobras na região. Dimitrius denunciou o caso nas redes sociais, atraindo a atenção internacional.
Ana Júlia ficou conhecida globalmente após um vídeo compartilhado pelo biólogo holandês Freek Vonk – veja ao final o vídeo. Sua identificação foi confirmada pela especialista em sucuris e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), Juliana Terra, que estudava a cobra há 8 anos. O caso foi registrado na Polícia Civil, e a morte da sucuri foi enquadrada como crime ambiental, sujeito a penalidades severas.
“A perda de Ana Júlia representa um impacto irreparável para o ecossistema local. É um lembrete doloroso da importância da conservação ambiental e do respeito à vida selvagem”, afirmou Terra. A prefeitura de Bonito emitiu uma nota lamentando a morte da sucuri e informando que acompanhará de perto as investigações. “Esperamos que as autoridades competentes consigam identificar os autores e punir os culpados“, declarou a prefeitura em comunicado oficial.
Ainda há muitas perguntas sem resposta sobre o caso, incluindo a causa exata da morte da cobra e quais medidas serão tomadas para garantir a justiça e a preservação da vida selvagem na região. O corpo de Ana Júlia será submetido a uma perícia detalhada antes de ser embalsamado e integrado ao acervo de animais taxidermizados da Polícia Militar Ambiental.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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