Em meio ao turbilhão de acontecimentos, paralelo ao frenesi dos assuntos factuais está o atemporal agronegócio e suas importantes alegrias ao país.
Por Pérsio Landim
Recente projeção ratifica o quão essencial a soja é para o setor, pois assim deve continuar como um ponto forte da produção agrícola nacional durante 2018.
Estimativas da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) apontam para um recorde tanto na produção da oleaginosa quanto na exportação desses grãos.
De acordo com a entidade, o Brasil deverá produzir 114,7 milhões de toneladas de soja neste ano, valor 2,3% maior que o registrado no ano passado. No caso das exportações, deve ser observado um recorde de 68 milhões de toneladas embarcadas em 2018, já comemora o Governo Federal.
Segundo dados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o Brasil ocupa o seleto pódio dos líderes mundiais na produção de grãos, sendo o segundo maior produtor de soja do mundo e o terceiro maior de milho.
O gerente de economia da Abiove, Daniel Furlan, repete o que em diversos artigos venho abordando: a proeminência do agronegócio como um dos mais importantes pilares da economia brasileira. Essencial não só em termos de participação no Produto Interno Bruto (PIB) e geração de empregos, mas também, rende saldos positivos na balança comercial.
Os dados divulgados pelo Ministério da Agricultura expõem que derivados da soja foram os grandes destaques nas exportações do agronegócio no mês de fevereiro. Esses produtos somaram US$ 1,6 bilhão em exportações no mês, de um total de US$ 6,23 bilhões dos embarques do agronegócio.
Não é superficial afirmar que o Brasil é o país que alimenta o mundo, especialistas no setor endossam tal retórica. Furlan, por exemplo, salienta que tivemos sucesso na política agrícola ao longo dos anos, com expressivos investimentos em pesquisa, qualidade dos produtos e do desenvolvimento da cadeia produtiva do agronegócio.
Tais constatações e visibilidade que o agro aufere ao país atestam que os cuidados devem ir além do marketing verde, precisam ser revertidos em atenção ao produtor.
Numa época em que convivemos na grande fábrica da boataria, provocada pela onda “fake news”, — com intuito de propagar negativas sensações — é preciso comemorar uma boa notícia repleta de orgulho nacional. Bem como pensar nos Estados e municípios que nutrem nossa frágil economia.
O ativismo tem que ser constante para que os sucessivos números positivos sejam convertidos em contrapartidas tão honrosas e significativas quanto.