Subir em cadáveres para arrancar recursos do governo é inaceitável, diz Paulo Guedes

É inaceitável que a crise por conta da pandemia com o coronavírus seja utilizada para palanque político ou para tirar recursos do governo.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira que é inaceitável que a crise por conta da pandemia com o coronavírus seja utilizada para palanque político ou para tirar recursos do governo, renovando o apelo para que seja vetado trecho de projeto que tira algumas categorias do funcionalismo de regra de congelamento salarial.

“Passamos um ano e meio tentando reconstruir. Quando estamos começando a decolar, somos atingidos por uma pandemia. E vamos nos aproveitar de um momento como esse, da maior gravidade, de uma crise de saúde, e vamos subir em cadáveres para fazer palanque?”, afirmou ele.

“Vamos subir em cadáveres para arrancar recursos do governo? Isso é inaceitável, a população não vai aceitar. A população vai punir quem usar cadáveres como palanque”, completou.

Guedes afirmou ser inaceitável que haja tentativa de saque de um gigante que está no chão, em referência à situação do país.

“Nós queremos saber o que podemos fazer, de sacrifício, para o Brasil nessa hora. E não o que o Brasil pode fazer por nós”, afirmou.

“E as medalhas são dadas após a guerra, não antes da guerra. Nossos heróis não são mercenários. Que história é essa de pedir aumento de salário porque um policial vai à rua exercer sua função? Ou porque um médico vai à rua exercer sua função? Se ele trabalhar mais, por causa do coronavírus, ótimo, ele recebe hora-extra”, completou.

Guedes: economia impactada e vidas de brasileiros em risco (Estadão)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira, 15, que não há o que celebrar em meio ao efeito da pandemia do novo coronavírus. “As vidas de brasileiros estão em risco e a economia também está sob ameaça”, afirmou o ministro em coletiva no Palácio do Planalto para fazer um balanço dos 500 dias de governo.

Guedes voltou a falar das duas ondas de impacto da pandemia, a primeira, da saúde e a segunda, da economia. Segundo ele, neste momento, a primeira onda é a da saúde. “Estamos sob impacto disso. Há regiões afogadas nessa onda, mas estamos tentando vencer isso”, afirmou.

O ministro fez uma comparação da situação atual com a imagem de um pássaro. “Uma bela imagem sobre o drama que vivemos é o pássaro que, para voar, precisa bater as duas asas”. Segundo ele, enquanto o problema da saúde não tiver equacionado, não há como voar. Mas, ressaltou, do mesmo jeito, “sem a economia funcionando, o País não consegue decolar”. “As duas asas não estão sincronizadas”, afirmou.

Ainda usando a imagem do pássaro, Guedes disse que a primeira asa ferida foi a da saúde, com a pandemia. E agora, afirmou, à medida que o tempo passa, o Brasil começa a ferir a “asa” da economia.

Troca de ministro é normal na democracia e bom ambiente depende de reformas, diz Guedes

BRASÍLIA (Reuters) – O ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou nesta sexta-feira que a troca de ministros é normal na democracia e que as condições para criar bom ambiente para atração de investimentos serão dadas pelo compromisso com as reformas, independentemente de quem ocupar cargos na Esplanada.

Ao falar no Palácio do Planalto, Guedes disse que anormal seria um presidente sair porque ministro quer fazer o que ele não quer.

“Agentes econômicos reagem pela configuração da política econômica”, afirmou o ministro.

“Se o presidente mantiver rumo, pode trocar ministro da Economia quantas vezes quiser, mas se tirar do rumo certo, pode colocar ministro que quiser que vai dar errado”, acrescentou.

Compre Rural com informações da Reuters e Estadão

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