Exportações brasileiras estarão sujeitas à demanda internacional, que pode ser afetada negativamente em um contexto recessivo para a economia global.
A StoneX divulgou sua nova estimativa de safra 2024/25 de algodão no Brasil, apontando uma revisão positiva para 3,78 milhões de toneladas, leve aumento mensal de 0,4% — puxado pela revisão na produtividade das lavouras do Mato Grosso, maior estado produtor de algodão do país, que deve atingir 1,81 toneladas de pluma por hectare, em média.
“O mês de abril, tradicionalmente decisivo para o desenvolvimento da segunda safra no Centro-Oeste brasileiro, foi marcado por condições climáticas favoráveis, impulsionando o bom desempenho das lavouras mato-grossenses”, explica o analista de inteligência de mercado do grupo, Raphael Bulascoschi.
Por outro lado, a Bahia apresentou redução nas perspectivas de produtividade, devido a um clima menos favorável em março, especialmente em áreas de sequeiro, o que afetou negativamente o desenvolvimento dos terços inferior e médio dos algodoeiros, e levou a uma revisão da produtividade baiana para 1,85 ton/ha.
Mesmo com variações regionais, o cenário geral é positivo. Com o uso interno de algodão permanecendo estável, as melhores expectativas de produção devem resultar em estoques finais mais elevados nesta safra.
As exportações brasileiras de algodão seguem estimadas em 2,9 milhões de toneladas, apesar do ritmo mais lento de embarques registrado recentemente.
A StoneX alerta, no entanto, para os riscos associados à demanda internacional por algodão, que pode ser impactada por um cenário econômico global recessivo. O ambiente de incertezas, intensificado pela guerra tarifária entre Estados Unidos e China, permanece como um ponto de atenção para os exportadores brasileiros.
Fonte: StoneX
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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