Startups impulsionam crescimento do agronegócio brasileiro

Brasil já tem quase 2 mil empresas de base tecnológica e escaláveis que atuam no setor; estudo recente apontou que as agtechs utilizam diferentes tecnologias para impulsionar a capacidade produtiva do setor

As startups do agronegócio estão em expansão no Brasil. Dados do relatório Radar Agtec 2023, produzido por Embrapa, SP Ventures e Homo Ludens, indicam que o número de startups do setor cresceu quase 15% em um ano. O país tem 1.953 empresas em operação, 250 a mais do que no ano passado. 

Outros dados também confirmam a expansão das startups brasileiras do agronegócio. Segundo o AgFunder, foram quase R$ 2 bilhões de investimentos em 2022, o que colocou o país na sexta posição do ranking mundial de aportes realizados no setor. 

Dessa forma, as agtechs, como são chamadas as startups que atuam no agronegócio, são responsáveis por movimentar a economia nacional, contribuindo para ampliar a participação do setor na geração de emprego e renda.

De acordo com informações divulgadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em colaboração com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o agronegócio brasileiro alcançou um marco histórico no mercado de trabalho em 2023, registrando mais de 28,3 milhões de pessoas empregadas, o que corresponde ao aumento de 1,2% em comparação com o ano anterior. 

Como é o trabalho das agtechs 

As agtechs utilizam a tecnologia para desenvolver soluções inovadoras para o agronegócio. Para isso, combinam conhecimentos específicos do setor com ciência de dados, robótica, biotecnologia, Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT) a fim de criar soluções inovadores que permitam melhorar a produtividade, a eficiência e a sustentabilidade das operações.

Para a realização desse trabalho, são utilizadas tecnologias como sensores, drones, softwares de análise de dados, aplicativos móveis, plataformas de agricultura digital e sistemas de monitoramento remoto. As ferramentas permitem a coleta de dados e informações em tempo real sobre o solo, o clima, as plantas e os animais, garantindo uma gestão mais precisa e eficiente. 

A principal diferença entre as startups e as empresas tradicionais do agronegócio consiste na abordagem inovadora, focada em tecnologia, que possibilita o desenvolvimento de soluções disruptivas. 

As startups que atuam no agronegócio apresentam uma estrutura diferente daquelas que atuam em outros setores, por isso, é importante saber como fazer um organograma que contemple tais particularidades. Assim como as tecnologias, esse tipo de ferramenta auxilia na apresentação de funções, tecnologias e processos, podendo ser usado para dar mais clareza no processo de onboarding de novos colaboradores.

Inovações mais utilizadas na América Latina

Estudo recente, realizado pela Liga Ventures em parceria com a Bunge e o HUV CNA Digital, apontou que as agtechs utilizam diferentes tecnologias para impulsionar a capacidade produtiva do setor de agronegócio.

A pesquisa mapeou 978 startups focadas na produção agropecuária da América Latina, distribuídas em 22 categorias. A biotecnologia lidera o número de agtechs na região, seguida por soluções backoffice, gestão da pecuária, VANTs, drones, geoprocessamento, gestão de plantio, análise e nutrição de plantas.

Segundo o Agrifoodtech Investiment Report 2023, elaborado pela SP Ventures e AgFunder, quatro teses de investimentos relacionados ao subsegmentos de agtechs devem continuar atraindo o fluxo de capital no futuro. Na lista citada estão agfintechs, agBiotechs, marketplaces e climatechs. Todos os termos representam subsegmentos das agtechs que utilizam tecnologias específicas para propor soluções inovadoras ao agronegócio. 

A tendência é que novas iniciativas apareçam no setor e continuem a impulsionar o agronegócio. De acordo com o relatório Startup Landscape: Agtechs, o Brasil tem uma vantagem em termos de sua representatividade do setor, sediando 83% das empresas da América Latina.

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