Chicago e dólar em direções opostas – e com variações bem marcantes – o mercado brasileiro de soja teve mais um dia de poucos negócios e de preços regionalizados e nominais.
Influenciada por Chicago e valorização dos prêmios, os preços da soja passam por alta no mercado físico brasileiro. Em Paranaguá/PR, a oleaginosa é vendida na casa dos R$ 198,00/sc. A escalada das tensões entre Rússia e Ucrânia refletiu em forte valorização da soja em Chicago. O vencimento mar/22 ficou cotado a US$ 16,35/bu, valorização de 2,09%.
Com Chicago e dólar em direções opostas – e com variações bem marcantes – o mercado brasileiro de soja teve mais um dia de poucos negócios e de preços regionalizados e nominais. Os produtores seguem retraídos e, hoje, os compradores também se afastaram.
– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos recuou de R$ 207,00 para R$ 205,00
– Região das Missões: a cotação baixou de R$ 206,00 para R$ 204,00
– Porto de Rio Grande: o preço caiu de R$ 207,00 para R$ 206,00
– Cascavel (PR): o preço estabilizou em R$ 193,50 a saca
– Porto de Paranaguá (PR): a saca seguiu em R$ 199,00
– Rondonópolis (MT): a saca seguiu em R$ 179,00
– Dourados (MS): a cotação permaneceu em R$ 187,00
– Rio Verde (GO): a saca subiu de R$ 179,00 para R$ 187,00
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira (22) com preços em forte alta. O mercado retomou do feriado norte-americano desta segunda (21), encerrando perto das máximas do dia, impulsionado por uma combinação de fatores.
O clima seco na América do Sul continua sendo fator de sustentação, com as contas sobre o tamanho da safra da região sendo refeitas todos os dias. Hoje os contratos ainda foram impulsionados pelo desempenho do petróleo, que subiu entre 2% e 4% ao longo do dia, reflexo das preocupações com as tensões geopolíticas na Ucrânia.
A preocupação com possíveis interrupções das vendas de trigo e milho da região do Mar Negro também sustentou os mercados vizinhos, ajudando na alta da oleagino. As altas no trigo beiraram 5%.
Completando o cenário positivo, há a forte demanda pela soja americana. As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 975.102 toneladas na semana encerrada no dia 17 de fevereiro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Na semana anterior, as inspeções de exportação de soja haviam atingido 1.160.320 toneladas.
O USDA anunciou ainda a venda de 132 mil tonelada por parte de exportadores privados para a China, com entrega programada para 2022/23.
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Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com alta de 33,50 centavos de dólar por bushel ou 2,09% a US$ 16,35 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 16,35 por bushel, com ganho de 31,50 centavos ou 1,96%.
Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com alta de US$ 5,10 ou 1,14% a US$ 450,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 70,06 centavos de dólar, com alta de 2,45 centavos ou 3,62%.
FECHAMENTOS: O contrato de março22 de soja em grão voltou a fechar em forte alta de 2,45% ou 39,25 cents/bushel a $ 1640,25 (máxima do dia de 1641,25) ; o contrato de maio22, importante para as exportações brasileira, fechou em alta de 2,34% ou $ 37,50 cents a $ 1641,0. O contrato de farelo de soja fechou em alta de 1,59% ou 7,1/ton curta a $ 455,0 e o contrato de óleo de soja fechou em forte alta de 4,40% ou 2,97/libra-peso a $ 70,54.
AS CAUSAS: Óleos vegetais, petróleo e mercados de energia em alta sustentaram os preços da oleaginosa. Além disso, a evolução climática e produtiva na América do Sul continua preocupando o mercado. Novos ajustes de produtividade e produção não estão descartados para Argentina e Brasil. O USDA anunciou as vendas de soja para a China para a nova safra, adicionando um sentimento de alta.
NOVAS VENDAS PARA CHINA: Exportadores privados venderam 132 mil toneladas de novos grãos para a China. Dados de inspeções semanais confirmaram que 975.102 toneladas de soja-grão foram embarcadas durante a semana encerrada em 17/02. Esse foi o menor volume desde a semana de 30/09, mas se compara a apenas 804.038 T enviados durante a mesma semana do ano passado. Os dados semanais da FAS mostraram que o programa acumulado de soja atingiu 39,8 MT até 17/02. Isso ainda está 22% atrás do ritmo do ano passado.
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GREVE NA ARGENTINA: Inspetores de grãos argentinos entraram em greve ontem. A greve organizada, visando o pagamento de um bônus, deveria durar 24 horas, mas sem uma contra-oferta poderia ser prolongada.
PRODUÇÃO ARGENTINA: A Bolsa de Cereales de Buenos Aires manteve sua perspectiva de produção de soja de 42 MT para a Argentina.
BRASIL 33% COLHIDO: Uma consultoria privada brasileira informou que 33% da soja foi colhida até 17/02, que compara com o ritmo de 15% do Brasil no ano passado.
Câmbio
O dólar comercial fechou em queda de 1,05%, cotado a R$ 5,0510. A moeda norte-americana perdeu durante toda a sessão, influenciada pelo intenso fluxo estrangeiro na bolsa e alta global das commodities.