Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços em baixa.
Os preços da soja encerraram majoritariamente mais baixos nesta terça-feira (2) nas principais praças do país. A queda de Chicago pesou na formação, mesmo com o dólar subindo quase 2%. O cenário não empolga os produtores, que seguem retraídos. Como resultado, a comercialização se arrasta.
Principais praças do país
- Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos caiu de R$ 186,00 para R$ 183,00
- Região das Missões: a cotação recuou de R$ 185,00 para R$ 182,00
- Porto de Rio Grande: o preço passou de R$ 192,00 para R$ 189,00
- Cascavel (PR): o preço baixou de R$ 184,50 para R$ 183,50
- Porto de Paranaguá (PR): a saca teve retração de R$ 191,00 para R$ 190,00
- Rondonópolis (MT): a saca seguiu em R$ 167,00
- Dourados (MS): a cotação valorizou de R$ 173,50 para R$ 175,00
- Rio Verde (GO): a saca estabilizou em R$ 165,00
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços em baixa. O mercado foi pressionado pela indicação de melhora nas condições das lavouras americanas e pelas preocupações geopolíticas, em meio às discussões entre China e Estados Unidos em torno de Taiwan.
Também pesa negativamente a queda nos vizinhos milho e trigo com a retomada das exportações ucranianas. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou dados sobre as condições das lavouras americanas de soja. Segundo o USDA, até 31 de julho, 60% estavam entre boas e excelentes condições – o mercado esperava 58% -, 29% em situação regular e 11% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os índices eram de 59%, 30% e 11%, respectivamente.
Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com baixa de 16,25 centavos ou 1,13% a US$ 14,15 3/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 13,86 por bushel, com perda de 19,50 centavos de dólar ou 1,38%.
Nos subprodutos, a posição setembro do farelo fechou com alta de US$ 4,50 ou 1,04% a US$ 434,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em setembro fecharam a 62,33 centavos de dólar, com perda de 1,76 centavo ou 2,74%.
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Câmbio
O dólar comercial fechou em alta de 1,93%, cotado a R$ 5,2770. O ambiente de forte aversão global ao risco foi inflado pela tensão entre China e Estados Unidos, pelos indícios de um Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) mais hawkish (duro, propenso ao aumentos dos juros), além dos ruídos políticos domésticos e a chance do Comitê de Política Monetária (Copom) não terminar o ciclo de aumento dos juros na reunião que ocorre entre hoje e quarta (3), o que também contribuiu para o fortalecimento da moeda norte-americana.