Nas praças em que que a demanda pela oleaginosa é alta, valores também são maiores, segundo Safras & Mercado. Confira as cotações abaixo!
O mercado brasileiro de soja iniciou a semana com preços pouco alterados e praticamente sem negócios reportados. Sem produto, o mercado se acomoda às necessidades locais. Nas praças em que os compradores precisam da oleaginosa, os valores são maiores.
Em Chicago, apesar da moderada nos preços, o mercado operou nos melhores níveis desde junho de 2018. O dólar teve queda superior a 1% e os prêmios seguem estabilizados. Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos ficou em R$ 140. Na região das Missões, a cotação permaneceu em R$ 139. No porto de Rio Grande, o preço estabilizou em R$ 138.
Em Cascavel, no Paraná, o preço seguiu em R$ 134 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca ficou em R$ 136.
Em Rondonópolis (MT), a saca subiu de R$ 134 para R$ 136. Em Dourados (MS), a cotação subiu de R$ 134 para R$ 135. Em Rio Verde (GO), a saca recuou de R$ 140 para R$ 138.
Exportações
As exportações de soja em grão do Brasil renderam US$ 573,72 milhões em setembro (8 dias úteis), com média diária de US$ 71,715 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 1,577 milhão de toneladas, com média diária de 197,161 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 363,7.
Na comparação com setembro de 2019, houve queda de 7,82% na receita média diária e de 10,06% no volume. O preço subiu 2,5%. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Oferta e demanda
As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 82,5 milhões de toneladas em 2021, repetindo o volume projetado para 2020. A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado por Safras & Mercado.
No levantamento anterior, divulgado no início de agosto, os números eram de 83 milhões de toneladas para 2021 e de 81 milhões para 2020.
O Safras indica esmagamento de 45,5 milhões de toneladas em 2021 e de 44,5 milhões de toneladas em 2020, representando um aumento de 2% entre uma temporada e outra.
Em relação à temporada 2021, a oferta total de soja deverá subir 1%, passando para 132,782 milhões de toneladas. A demanda total está projetada por Safras em 131,6 milhões de toneladas, crescendo 1% sobre o ano anterior. Desta forma, os estoques finais deverão subir 156%, passando de 461 mil para 1,182 milhão de toneladas.
Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços em alta. Os contratos fecharam acima de US$ 10 por bushel, nos patamares mais elevados desde 4 de junho de 2018 no gráfico contínuo.
Sinais renovados de aquecimento da demanda pela soja americana, principalmente por parte da China, e a preocupação com o clima nos Estados Unidos sustentaram as cotações.
As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 1.283.936 toneladas na semana encerrada no dia 10 de setembro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), enquanto analistas esperavam 1,05 milhão de toneladas.
O USDA anunciou ainda novas vendas por parte dos exportadores privados. Desta vez foram 129 mil toneladas para a China e 318 mil toneladas para destinos não revelados, ambas com entrega programada para 2020/21.
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com alta de 3,50 centavo ou 0,35% em relação ao fechamento anterior, a US$ 9,99 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 10,03 1/4 por bushel, com ganho de 4,00 centavo ou 0,4%.
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Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 2,60 ou 0,8% a US$ 322,00 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 34,29 centavos de dólar, alta de 0,58 centavo ou 1,72%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 1,12%, sendo negociado a R$ 5,2760 para venda e a R$ 5,2740 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,2640 e a máxima de R$ 5,3240.
Fonte: Agência Safras