De acordo com a consultoria Safras, o mercado deve continuar de olho nos efeitos do coronavírus no mundo, na demanda pela soja americana e no clima dos EUA.
As atenções do mercado de soja estão divididas, de acordo com a consultoria Safras & Mercado, entre a evolução da pandemia do novo coronavírus ao redor do mundo, sinais de demanda chinesa pela soja norte-americana e clima para evolução do plantio e desenvolvimento inicial das lavouras da nova safra dos Estados Unidos.
“Os players devem continuar digerindo, também, os números do relatório de junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)”, informa a consultoria.
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja na semana que vem. As dicas são do analista Luiz Fernando Roque:
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- A situação da pandemia do novo coronavírus voltou a preocupar nos últimos dias. O temor de que uma nova onda de infecções possa ocorrer nos países que começam a retomar a atividade econômica, com a diminuição das restrições e isolamento social, traz um novo momento negativo para os mercados;
- As bolsas ao redor do mundo tiveram uma semana de fortes ajustes negativos, corrigindo as altas acumuladas na segunda quinzena de maio e primeira semana de junho. A moeda norte-americana voltou a ganhar força frente a outras moedas. O lado financeiro volta a pesar, impedindo maiores valorizações em Chicago;
- Após semanas de rumores e aumento das tensões entre EUA e China, os últimos dias revelaram que os chineses não pararam totalmente de comprar soja norte-americana, conforme se temia. Mesmo que os volumes envolvidos não tenham sido muito expressivos, algumas vendas de soja dos EUA para China foram anunciadas ao longo da semana, o que animou os operadores em Chicago;
- A posição spot ganhou terreno e trabalha agora acima do suporte de US$ 8,60 por bushel;
- No lado da oferta, os trabalhos de plantio da nova safra dos EUA continuam evoluindo em um bom ritmo, permanecendo acima da média normal para o período. O clima continua sendo bastante favorável para o desenvolvimento inicial das lavouras;
- Até o momento, o panorama da nova safra traz potencial para uma produção cheia. Tal fato impede que Chicago ganhe mais fôlego no curto prazo;
- O relatório do USDA trouxe números com viés diferente do esperado pelo mercado, sendo considerado relativamente altista. Apesar disso, como os números para a nova safra ainda são um pouco precoces, os impactos sobre Chicago foram limitados. De qualquer maneira, os números podem trazer um pouco de suporte até o próximo relatório, em julho.
Fonte: Agência Safras