Retomada da economia global e tensão entre Estados Unidos e China são dois dos fatores que vão merecer atenção; confira análise completa.
A soja fechou a semana na Bolsa de Chicago repercutindo a tensão entre Estados Unidos e China. No acumulado de maio, os contratos para entrega em julho acumularam queda de 1,7%. Enquanto isso, no mercado interno, a alta dos prêmios levou as cotações a baterem R$ 107 nos portos de Paranaguá e Rio Grande, no fechamento da sexta-feira, 29.
Mas para onde devem seguir os preços da oleaginosa no começo de junho? O analista da consultoria Safras Luiz Fernando Roque elencou fatores que merecem atenção.
Confira:
- As atenções do mercado permanecem divididas entre a evolução da pandemia do novo coronavírus no mundo e fatores ligados diretamente à oferta e à demanda do complexo soja nos principais players do mercado internacional da oleaginosa;
- O mercado financeiro demonstra um pouco menos de pessimismo frente à reabertura gradual das principais economias do mundo. O sentimento negativo dá lugar a uma certa esperança de que a recuperação econômica poderá ser mais rápida do que o esperado;
- Além disso, rumores de que uma vacina poderá estar pronta ainda em 2020 também trazem um sentimento mais tranquilo para o mercado, embora a maior parte dos estudos aponte para uma vacina apenas em 2021;
- Apesar do menor pessimismo, o mercado ainda olha com muita preocupação para as tensões entre Estados Unidos e China. A nova lei chinesa imposta em Hong Kong, que aumenta a influência do governo chinês em sua “província autônoma”, não é bem vista pelos EUA, o que pode desencadear um novo capítulo conturbado nas relações comerciais entre os países;
- Até o momento, não houve ações explícitas dos EUA contra a China derivadas deste fato, mas o mercado permanece atento;
- No lado fundamental, Chicago permanece pressionado pelo bom avanço dos trabalhos de plantio da nova safra norte-americana e clima positivo registrado até o momento;
- Além disso, a falta de grandes compras chinesas de soja dos EUA permanece como fator importante. Neste sentindo, o mercado recebeu mal o rumor de que grandes importadores chineses estão adquirindo volumes de soja brasileira para entrega nos últimos meses do ano, período onde se espera que a demanda chinesa esteja centralizada nos portos norte-americanos;
- De qualquer maneira, ainda há tempo para que a China honre o acordo comercial, e há indícios de movimentações para compra de grandes volumes de soja norte-americana nos próximos meses;
- Chicago deve permanecer trabalhando lateralizado entre as linhas de US$ 8,20 e US$ 8,65 na primeira posição, sem fôlego para o teste da linha superior devido à falta de amparo fundamental.
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Com a queda do dólar, as cotações da saca de soja recuaram no mercado brasileiro
Houve queda de 7,0% frente ao dia 14/5, quando a saca foi cotada em R$114,50, em Paranaguá-PR. Nesse período, houve baixa de 9,0% na cotação do câmbio.
Análise da Scot Consultoria:
Compre Rural com informações da Agência Safras e Scot Consultoria