Soja: o que esperar do mercado na semana que vem

Além da pandemia de coronavírus que segue pressionando os mercados, a relação entre Estados Unidos e China também merece atenção; confira análise!

Com a pandemia do novo coronavírus como pano de fundo para todos os segmentos, as atenções do mercado de soja estão divididas, de acordo com a consultoria Safras, entre notícias ligadas às relações comerciais entre Estados Unidos e China, sinais de demanda chinesa por soja norte-americana e o clima para o desenvolvimento das lavouras da nova safra dos EUA.

Acompanhe abaixo os fatos que vão merecer atenção do produtor de soja na semana que vem. As dicas são do analista da Safras Luiz Fernando Roque.

  • O clima entre Estados Unidos e China parece ter melhorado nos últimos dias. As recentes ameaças, de ambos os governos, estão dando lugar a discursos mais leves e a ações positivas em âmbito comercial. De um lado, a China começa a aumentar suas compras de soja e de outros produtos agrícolas norte-americanos, dando a entender que está disposta a cumprir o acordo comercial assinado em janeiro deste ano. De outro, o alto escalão do governo norte-americano diz ter esperança que o acordo será cumprido;
  • O encontro entre os governos, ocorrido nesta semana no Havaí, trouxe a promessa chinesa de acelerar as compras de produtos agrícolas dos EUA;
  • Na primeira quinzena de junho, exportadores privados norte-americanos reportaram oficialmente a venda de mais de 1,2 milhão de toneladas de soja para a China, fato que não ocorria há um bom tempo. Além disso, mais de 1 milhão de toneladas também foram vendidas para “destinos desconhecidos”, que muitas vezes incluem a própria China;
  • A diminuição nas tensões, promessas de cumprimento do acordo e vendas efetivas de soja norte-americana para a China trazem um ambiente mais tranquilo para a Bolsa de Chicago, que voltou a recuperar terreno;
  • No lado da oferta, o panorama da nova safra norte-americana de soja continua extremamente promissor, o que impede movimentos positivos mais acentuados em Chicago. Os trabalhos de plantio se aproximam da finalização em ritmo acima da média, como foi desde o início da semeadura;
  • Com uma janela de plantio “folgada”, abre-se a possibilidade de a área final de soja ser um pouco maior do que as estimativas iniciais previam;
  • As previsões climáticas apontam para clima favorável nas próximas semanas, e as condições das lavouras e da umidade dos solos são consideradas ótimas;
  • A partir de julho, entraremos no auge do mercado climático norte-americano, e as atenções devem ser redobradas. Por enquanto, as previsões indicam a colheita de uma safra cheia.

Fonte: Agência Safras

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