Com o dólar estável e Chicago apresentando bons ganhos no início do dia, cenário é favorável para a soja no mercado brasileiro.
O cenário está mais favorável para a soja no mercado brasileiro nesta quarta-feira (18). O dólar opera perto da estabilidade, mas Chicago tem bons ganhos neste início de dia. Os prêmios seguem firmes e a comercialização tende a ganhar ritmo com uma possível melhora nos preços domésticos.
Os produtores demonstram preocupação com o início do plantio, especialmente em função do clima seco. Além disso, é importante acompanhar a decisão sobre a política monetária nos Estados Unidos, que pode marcar o início de um ciclo de cortes nas taxas de juros.
Na última terça-feira (17), o mercado apresentou pouca movimentação. Os preços se mantiveram praticamente estáveis, com alguns ajustes negativos pontuais. A Bolsa de Chicago registrou volatilidade, enquanto o dólar apresentou uma queda.
Os produtores optaram por se afastar dos negócios, retendo o produto disponível a espera de
melhores preços. A indústria não consegue cobrir as pedidas dos vendedores. Assim, a comercialização ficou travada.
Números
- Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos seguiu em R$ 133,00
- Na região das Missões (RS), a cotação estabilizou em R$ 132,00 a saca
- No Porto de Rio Grande (RS), o preço se manteve em R$ 138,00
- Em Cascavel (PR), a saca permaneceu em R$ 134,00
- No porto de Paranaguá (PR), o preço não variou: R$ 139,00
- Em Rondonópolis (MT), a saca ficou em R$ 130,00
- Em Dourados (MS), o preço decresceu de R$ 128,00 para R$ 127,00
- Em Rio Verde (GO), a saca seguiu em R$ 126,00
Conab
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta aumento da área plantada, de 3%, podendo chegar a 47,401 milhões de hectares em 2024/25. A produtividade tende a apresentar recuperação, após problemas climáticos nos principais estados produtores brasileiros.
A combinação de maior área e melhor desempenho nas lavouras resulta na projeção de uma colheita em torno de 166,281 milhões de toneladas, 12,82% superior à safra 2023/2024.
Chicago
Os contratos com entrega em novembro operam a US$ 10,20 1/2 por bushel, com valorização de 1,44% sobre o dia anterior.
O mercado é impulsionado pelo calor e pela seca no Brasil. Os investidores monitoram as queimadas e a estiagem que afetam o país e que podem ameaçar a semeadura da oleaginosa no maior exportador do grão do mundo.
Além disso, a seca coloca em risco as projeções do governo de uma produção recorde na
próxima temporada.
Prêmios
Os preços Fob da soja subiram na quinta-feira nos portos brasileiros. A combinação de prêmios melhores e alta dos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) garantiu a elevação dos referenciais na exportação.
Os prêmios de exportação da soja para outubro estavam em +150 e +170 centavos de dólar sobre Chicago no final da segunda no Porto de Paranaguá.
Para fevereiro de 2024, o prêmio era de +60 a +70. Para março de 2025, o prêmio estava em +25 a +35 pontos, conforme dados de Safras & Mercado.
O preço FOB (flat price) para fevereiro ficou entre US$ 403,90 e US$ 407,60 a tonelada na quarta. No dia anterior, a cotação oscilou entre R$ 401,60 e R$ 407,10.
Fonte: Agência Safras
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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