O dólar e os prêmios pagos nos portos dão sustentação para que a oleaginosa permaneça cotada próximo dos R$ 170,00/sc; Confira!
Enquanto a soja se desvaloriza em Chicago, no Brasil, o dólar e os prêmios pagos nos portos dão sustentação para que a oleaginosa permaneça cotada próximo dos R$ 170,00/sc.
As atenções continuam voltada para o desenvolvimento da soja brasileira que está nos campos atualmente, no Paraná, o Deral divulgou que 82% da safra encontra-se em condições boas, no entanto, mais de 95% do total precisa passar pela frutificação nas próximas semanas, o que aumenta as expectativas sobre o desenvolvimento.
O dia foi negativo para a soja no mercado norte-americano. O contrato com vencimento para março/21 recuou 0,96%, ficando cotado a US$ 14,17/bu. Assim como o milho, a justificativa para a queda das cotações da oleaginosa em Chicago veio da realização de lucros dos operadores de mercado, no entanto, a queda da soja ocorreu de maneira mais intensa pois acompanhou a desvalorização do óleo de soja (que por sua vez acompanhou o óleo de palma)
Fatores devem impactar os preços nesta semana
Para a próxima semana, o mercado da soja volta suas atenções para o clima nas lavouras da América do Sul, além da início dos trabalhos de colheita no Brasil. As previsões climáticas indicam condições favoráveis tanto para o Brasil, quanto para a Argentina, fato que pode impactar nas cotações da oleaginosa na Bolsa de Chicago.
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja na semana que vem. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Luiz Fernando Roque:
– O mercado de soja mantém as atenções voltadas para o clima para o desenvolvimento da safra da América do Sul e início dos trabalhos de colheita no Brasil. Os players também digerem o último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), além de acompanhar os movimentos da demanda chinesa no mercado internacional. No lado financeiro, o avanço da vacinação e ao mesmo tempo o avanço de casos do novo coronavírus ao redor do mundo permanecem em foco;
– Os últimos dias trouxeram o retorno da umidade para boa parte das principais províncias produtoras da Argentina e também para alguns estados brasileiros. As preocupações permanecem centralizadas sobre a chamada “zona núcleo” argentina e para o Sul do Brasil. Na Argentina, os trabalhos de plantio avançam para a reta final em um panorama climático mais favorável;
– As previsões climáticas apontam para um período de boa umidade sobre as principais províncias da Argentina e também para boa parte dos estados principais estados produtores no Brasil neste início da segunda quinzena de janeiro. Tal fato deve impedir maiores valorizações em Chicago nos próximos dias. De qualquer maneira, o mercado mantém um alerta relacionado ao La Niña,
fenômeno que pode atingir seu auge entre os meses de fevereiro e março;
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– O relatório de janeiro do USDA trouxe novo fôlego aos contratos em Chicago ao trazer um corte nos estoques norte-americanos de soja na temporada 2020/21. Com redução na estimativa de produção e aumento nas estimativas para esmagamento e exportação dos EUA, os estoques finais norte-americanos devem atingir o menor patamar desde a safra 2013/14, o que é algo muito relevante. Chicago deve continuar encontrando um suporte importante sobre este fator. Além disso, houve novas compras chinesas de soja norte-americana nos últimos dias, o que também é fator positivo. O atraso na colheita no Brasil favorece as vendas dos EUA neste início de ano;
– No lado financeiro, apesar de a vacinação avançar em diversos países, o aumento de casos do novo coronavírus ao redor do mundo volta a preocupar, trazendo maior nervosismo para os investidores. O mercado também espera pela confirmação de um novo pacote de estímulos nos EUA para trabalhar com uma menor aversão ao risco nos próximos dias.
Compre Rural com informações da Agrifatto e Agência Safras