Entre as preocupações do mercado está o clima, que está favorável na Argentina, mas com chuvas acima da média no Paraná; Confira agora!
Os preços da soja brasileira encerraram o dia na estabilidade. Com o foco dos produtores na colheita da soja, o mercado continua sem melhora no volume de negócios, a oleaginosa terminou a semana cotada a R$170,00/sc no Porto de Paranaguá/PR. Contudo o viés positivo permanece sobre os preços, a demanda externa firme e as incertezas quanto à velocidade da colheita no país devem ditar o ritmo das cotações nas próximas semanas.
Na CBOT o dia foi de recuperação, a oleaginosa encerrou o dia cotada a US$13,70/bu para vencimento em março/21, obtendo um avanço positivo de 1,24% em relação a quinta-feira.
Apesar da valorização na sexta-feira, a soja norte-americana ainda não conseguiu acompanhar a alta do milho nos últimos dias, colocando as duas culturas em igualdade novamente no preparo para a decisão de plantio dos agricultores do país.
O mercado da soja ainda segue com foco nas condições climáticas da América do Sul. O clima vem favorecendo as condições de desenvolvimento das lavouras na Argentina. Por outro lado, as chuvas preocupam em algumas regiões do Sul do Brasil. Além disso, as especulações sobre a área de plantio nos Estados Unidos ganham atenção de compradores e vendedores.
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja na semana que vem. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Luiz Fernando Roque:
– Os players do mercado de soja permanecem com as atenções voltadas para fatores fundamentais ligados à oferta e à demanda. O clima para a consolidação da safra da América do Sul, o movimento da demanda chinesa no mercado internacional e as especulações relacionadas ao tamanho da nova área dos Estados Unidos são fatores centrais. No lado financeiro, o mercado mantém o foco na evolução da pandemia e em possíveis novos estímulos econômicos ao redor do mundo;
– As condições climáticas para o desenvolvimento da safra da Argentina melhoraram bastante nas últimas semanas. O retorno da umidade para a chamada “zona núcleo” é muito bem-vindo neste período, trazendo grande recuperação para os solos que vinham sofrendo com a falta de chuvas. Além disso, o Rio Grande do Sul também tem recebido uma boa umidade, o que também é fator positivo para as lavouras;
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– Já no Paraná e nos estados das regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, grandes precipitações, a partir de agora, começam a ser consideradas desfavoráveis, visto que os trabalhos de colheita estão começando e a maior parte das lavouras já está pronta para ser colhida. As previsões apontam para grandes acumulados de chuvas em toda a região Sul nos próximos dias, o que pode ser ruim para o Paraná. Já nos estados da faixa central, a baixa umidade deve permitir o início e/ou avanço da colheita na maioria dos estados, com chuvas mais regionalizadas em partes do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul. Chicago deve permanecer volátil diante do clima sul-americano;
– No lado da demanda, o mercado continua encontrando algum suporte nos números de registros de exportação norte-americanos e no atraso na colheita no Brasil. Novas vendas de soja dos EUA para a China foram anunciadas nesta última semana, o que mostra que a demanda chinesa ainda não voltou completamente suas atenções para o mercado brasileiro.
Com informações da Agrifatto e Agência Safras