Mesmo com recuo do dólar, preço da soja continua firme e avançando. Desta vez, força para alta vem dos EUA, diz a Agrifatto. Confira!
A valorização de 0,51% na soja em Chicago em conjunto com a alta dos prêmios pagos nos portos resultou na variação positiva da oleaginosa no Brasil, que voltou a flertar com os R$ 170,00/sc. O avanço da soja só não foi maior por conta do dólar, que fechou mais um dia em queda, ficando cotado a R$ 5,39.
Apesar da escassez latente no mercado de soja, os contratos firmados anteriormente continuam a ser cumpridos. A primeira semana de novembro/20 reservou um crescimento na média diária exportada de soja pelo Brasil, saindo de 124,64 mil toneladas/dia em outubro/20 para 201,47 mil toneladas/dia nos quatro primeiros dias úteis de novembro/20. Ainda assim, essa média diária está 18% atrás do que foi registrado no mesmo período do ano passado, demonstrando que há falta de produto no Brasil.
Boi Gordo
Com o mercado físico do boi gordo ainda firme pela escassez de oferta e o atacado da carne bovina dando indicações positivas pós final de semana, o otimismo para o preço do animal se mantém durante essa semana.
A pressão altista ainda não deu espaço para qualquer fôlego no sentido contrário. Na B3, a volatilidade do dólar, que chegou a bater os R$ 5,22, trouxe apreensão as cotações, fazendo o contrato para novembro/20 recuar 0,51%, ficando cotado a R$ 292,70/@.
Registrando uma média de 10,50 mil toneladas/dia, a primeira semana de novembro/20 pode ser considerado uma das melhores da história para a exportação de carne bovina do Brasil. Esse volume é 29% maior que a média diária de outubro/20 (8,13 mil toneladas), que foi o recorde para uma média diária em um mês. Mantido esse volume diário exportado, a possibilidade de que o recorde mensal (170,55 mil toneladas) seja batido é grande.
Milho
Em dia de volatilidade do dólar, preço do milho permaneceu obteve uma leve queda em São Paulo, com o preço referência se estabelecendo próximo dos R$ 81,00/sc. Na B3, o contrato para novembro/20 recuou 1,56%, em seu segundo dia consecutivo de desvalorização. Enquanto isso, na CBOT, o vencimento para dezembro/20 obteve leve alta de 0,18%, com o mercado de olho no relatório de oferta e demanda do USDA que será divulgado hoje.
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A primeira semana foi de aceleração para as exportações de milho brasileira. Com pouco mais de 1,15 milhão de toneladas embarcadas para fora do país nos quatro primeiros dias úteis de novembro/20, a média diária de cereal exportado ficou 12% maior que em outubro/20 e 41% acima de novembro/19.
Com o estabelecimento do atual patamar (289 mil toneladas/dia), as chances de que os embarques de novembro/20 sejam os maiores da história para um mês de novembro são grandes.
Fonte: Agrifatto