Soja bate recorde e chega a R$ 127, aponta Safras

De acordo com a consultoria, aproveitando o bom momento, a comercialização da safra futura continua avançando e produtor já negocia até para 2022.

Os preços da soja oscilaram entre estáveis e mais altos nessa sexta de negócios pontuais, de acordo com a consultoria Safras. “Os patamares são nominais e históricos, acompanhando a alta do dólar e a firmeza dos prêmios de exportação. A combinação de oferta restrita no disponível e necessidade dos compradores impulsiona”, informa. As cotações só não subiram mais devido à queda na Bolsa de Chicago.

Além disso, Houve registro de negócios para safra nova a R$ 100 no interior. Para 2022, já há soja trocando de mãos a R$ 97. Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos ficou em R$ 123. Na região das Missões, a cotação permaneceu em R$ 123. No porto de Rio Grande, o preço passou de R$ 126 para R$ 127.

Em Cascavel (PR), o preço aumentou de R$ 119 para R$ 119,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca passou de R$ 124 para R$ 124,50.

Em Rondonópolis (MT), a saca ficou em R$ 120. Em Dourados (MS), a cotação permaneceu em R$ 120. Em Rio Verde (GO), a saca subiu de R$ 115 para R$ 118.

Comercialização

A comercialização da safra 2019/2020 de soja do Brasil envolve 95,7% da produção projetada, conforme relatório da Safras & Mercado, com dados recolhidos até 7 de agosto. No relatório anterior, com dados de 3 de julho, o número era de 92,9%. Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 78% e a média para o período é de 81%. Levando-se em conta uma safra estimada em 124,913 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 119,578 milhões de toneladas.

A venda antecipada para 2020/21 pulou de 39,8% no início de julho para 43,3%. A comercialização da safra futura está bem acelerada na comparação com o ano anterior, quando o índice era de 15,7%, e também supera a média normal para o período, de 16%. Com a próxima safra projetada em 131,691 milhões de toneladas, o total já comprometido por parte dos produtores chega a 57,049 milhões de toneladas, antes mesmo do início do plantio.

“A comercialização está naturalmente evoluindo de forma mais lenta frente aos meses anteriores, devido ao pouco volume disponível para o restante dessa temporada e grande volume já antecipado da nova safra”, afirma o analista Luiz Fernando Roque.

Segundo ele, os produtores começam a focar nos preparativos o plantio da temporada 2020/2021, que começa em setembro.

Contratos futuros

A soja fechou esta sexta-feira, 7, com preços mais baixos na Bolsa de Chicago. De acordo com a consultoria Safras, as cotações recuaram pela quarta sessão consecutiva, atingindo o menor patamar desde 30 de junho.

“Com o clima favorecendo, as lavouras vão se desenvolvendo bem nos Estados Unidos. A expectativa é de safra cheia. Na quarta, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) vai atualizar suas estimativas e o sentimento é de que a previsão de produção será elevada”, informa.

Apesar do USDA ter anunciado uma venda de 456 mil toneladas para a China nesta sexta, as tensões geopolíticas entre as duas principais economias do mundo são motivo de preocupação. O mercado financeiro teve um dia nervoso, completando o quadro negativo para as cotações.

Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com baixa de 9 centavos ou 1,02% em relação ao fechamento anterior, a US$ 8,65 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 8,67 por bushel, com perda de 10,50 centavos ou 1,19%.

Fonte: Agência

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