Apesar do grande impacto após os recuos nos preços futuros em Chicago, o mercado físico brasileiro ainda mantém preços da soja em patamares elevados!
Em um cenário de aversão ao risco, os contratos futuros de soja recuaram em Chicago, o que influenciou nos preços praticados nas praças brasileiras. Em Paranaguá/PR, a oleaginosa é comercializada a um preço médio de R$ 192,00/sc.
As exportações de soja aceleraram o ritmo durante a última semana com 1,32 milhões de toneladas foram embarcadas, avanço de 254,83% no comparativo semanal. Até o momento em fev/22, 1,69 milhões de toneladas da oleaginosa foram enviadas para fora do país, volume 206,17% maior que o mesmo período no ano passado.
Em algumas regiões, a queda foi bem acentuada, com tradings forçando um recuo na soja. A queda de Chicago e do dólar favoreceu esta movimentação. Mas os produtores saíram do mercado, que travou. O foco neste momento é o clima e seu impacto sobre o potencial produtivo e o andamento da colheita, apontou Safras & Mercado.
Em Passo Fundo (RS), a saca de soja com 60 quilos recuou de R$ 207 para R$ 206. Na região das Missões, a cotação baixou de R$ 206 para R$ 205. No Porto de Rio Grande, o preço caiu de R$ 206 para R$ 205.
Em Cascavel, no Paraná, o preço passou de R$ 192 para R$ 186 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca passou de R$ 197 para R$ 191. Em Rondonópolis (MT), a saca ficou em R$ 182. Em Dourados (MS), a cotação permaneceu em R$ 185. Em Rio Verde (GO), a saca estabilizou em R$ 180.
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços mais baixos. Notícias de chuvas na América do Sul durante o final de semana e a previsão de mais precipitações a partir do dia 20 ajudaram na realização de lucros.
O mercado de soja monitora ainda o conflito entre Rússia e Ucrânia, ainda que os impactos diretos para soja possam ser limitados. Mas hoje houve um movimento de correção generalizada nas commodities, em meio ao sentimento de o conflito possa ser resolvido de forma diplomática, impedindo prejuízos no fornecimento.
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 13 centavos de dólar por bushel ou 0,82% a US$ 15,70 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 15,74 por bushel, com perda de 12,25 centavos ou 0,77%.
- Vaca Nelore Carina FIV do Kado bate recorde mundial de valorização
- ‘Boicote ao boicote’: cadeia produtiva de bovinos quer deixar o Carrefour sem carne
- Jonh Deere enfrenta possíveis tarifas com sólida estratégia, diz CEO
- Maior refinaria de açúcar do mundo terá fábrica no Brasil para processar 14 milhões de t/ano
- Pecuarista é condenado a 3 anos de prisão por matar mais de 100 pinguins na Argentina
Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com baixa de US$ 8,20 ou 1,79% a US$ 448,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 65,81 centavos de dólar, com alta de 0,09 centavo ou 0,13%.
Câmbio
O dólar comercial fechou em queda de 0,47%, cotado a R$ R$ 5,2190. A moeda norte-americana operou em baixa durante quase toda a sessão, impactada pela possibilidade de diálogo no confronto Rússia e Ucrânia. O forte fluxo estrangeiro também contribuiu para o real novamente ganhar terreno.