Soja: após sequência de preços recordes, chegou a queda

Em Goiás, onde a saca de soja chegou a ser negociada a R$ 180, valores nesta segunda caíram para R$ 173; neste momento, foco está no avanço do plantio.

O mercado brasileiro de soja teve um dia de poucos negócios e com o registro de quedas consistentes nos preços em algumas regiões. Nesta segunda-feira 9, com dólar volátil e os preços em Chicago firmes, os produtores continuaram focados no plantio, deixando a comercialização em um segundo plano.

Em Passo Fundo (RS), a saca de soja de 60 quilos baixou de R$ 175 para R$ 174. Na região das Missões, a cotação recuou de R$ 175 para R$ 174. No porto de Rio Grande, o preço ficou em R$ 171,50.

Em Cascavel, no Paraná, o preço permaneceu em R$ 175 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca subiu de R$ 156 para R$ 162.

Em Rondonópolis (MT), a saca recuou de R$ 178 para R$ 175. Em Dourados (MS), a cotação estabilizou em R$ 179. Em Rio Verde (GO), a saca recuou de R$ 178, para R$ 173.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda com preços em alta. A demanda firme pela soja americana, a preocupação com o clima seco no Brasil e o cenário financeiro de otimismo colocaram as cotações nos melhores patamares em quatro anos, mas os contratos encerraram abaixo das máximas do dia.

Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com alta de 9 centavos de dólar por libra-peso ou 0,81% a US$ 11,10 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 11,08 por bushel, com ganho de 9,50 centavos ou 0,86%.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 1,70 ou 0,44% a US$ 384,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 35,48 centavos de dólar, alta de 0,14 centavo ou 0,39%.

O mercado iniciou o dia absorvendo as altas das bolsas de valores internacionais e do petróleo, que refletiam a confirmação da vitória de Joe Biden nas eleições americanas e também de notícias promissoras sobre as vacinadas para o coronavírus.

Ao clima de menor aversão ao risco, se soma o quadro fundamental, com demanda aquecida pela soja americana e preocupações com o clima seco no Brasil, principalmente na região sul, que poderia comprometer o avanço do plantio. Os agentes também se posicionam frente ao relatório de novembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta terça, 10.

As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 2.496.308 toneladas na semana encerrada no dia 5 de novembro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Analistas esperavam o número em 2,1 milhões de toneladas.

Na semana anterior, as inspeções de exportação de soja haviam atingido 2.389.742 toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado for a de 1.348.193 toneladas. Exportadores privados americanos anunciaram ainda a venda de 123 mil toneladas para destinos não revelados.

O Departamento reduzir a sua estimativa para a safra de soja dos Estados Unidos em 2020/21. O relatório de novembro do Departamento será divulgado amanhã, às 14hs. Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em safra de 4,253 bilhões de bushels. Em outubro, o número era de 4,268 bilhões. Na temporada passada, a safra ficou em 3,552 bilhões de bushels.

Para os estoques de passagem, a aposta é de 239 milhões de bushels para 2020/21. Em setembro, o número ficou em 290 milhões. A previsão para os estoques finais globais em 2020/21 é de 87,6 milhões de toneladas, contra 88,7 milhões projetados no mês passado. Para 2019/20, o USDA deverá reduzir a estimativa de 93,8 milhões para 93,1 milhões de toneladas.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão com baixa de 0,03%, sendo negociado a R$ 5,3860 para venda e a R$ 5,3840 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,2260 e a máxima de R$ 5,4270.

Fonte: Agência Safras

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