Sistema integrado (ILPF) vem ganhando força no Brasil; segundo a Embrapa o objetivo é garantir sistemas integrados que sejam 50% mais produtivos
O sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) vem ganhando força no Brasil nos últimos anos. Somente na última década, triplicou de tamanho, passando de 6,7 milhões de hectares para cerca de 19 milhões/ha. A estratégia de produção consiste na utilização integrada de diversos sistemas agrícolas, pecuários e florestas. “Trata-se de uma tecnologia diversa e que pode ser utilizada por pequenos, médios e grandes produtores. Totalmente adequável ao tamanho das propriedades. Trata-se de uma importante contribuição do agronegócio brasileiro para o aumento da produção agrícola e animal com sustentabilidade”, explica William Marchió, Médico veterinário graduado pela UNESP e consultor de agronegócios da Belgo Bekaert, empresa líder e referência no mercado brasileiro de arames.
Marchió diz que um dos maiores benefícios para os produtores que utilizam o sistema ILPF é o aumento da renda líquida da propriedade, permitindo maior capitalização e retorno econômico. Outro ponto é a manutenção da biodiversidade, pois há reconhecida melhoria na qualidade do solo por conta do acúmulo de matéria orgânica e da retenção de água. “Por se tratar de uma técnica diversificada, é possível ter várias culturas numa mesma área. E o sucesso econômico de cada atividade traz retorno para os produtores em diferentes momentos do ano, o que complementa renda e favorece o manejo da propriedade”, completa o consultor da Belgo Bekaert.
Os modelos mais utilizados são de Integração Lavoura-Pecuária (ILP) e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). No caso do ILP, William Marchió diz que ao inserir sementes de gramíneas com o ciclo da colheita de grãos, o agricultor/pecuarista deve dividir as áreas com cercas elétricas e móveis. “Assim os animais podem ser movidos para as novas pastagens”. O veterinário aponta que ao combinar pastagem e lavoura nesse sistema, consegue-se obter mais da terra, já que os animais em pastejo naquele ambiente promovem a ciclagem de nutrientes e da melhoria da matéria orgânica do solo, “o que garante maior produtividade na próxima colheita de grãos”.
A partir do momento em que a propriedade decide integrar a floresta (ILPF), o primeiro ponto a ser trabalhado são as cercas de divisa, que precisam ser bem feitas para evitar a fuga do gado para fazendas vizinhas e invadir as plantações.
Para ajudar os produtores a resolver os problemas de divisas de áreas na ILP e ILPF, a Belgo Bekaert conta com diferentes soluções. A tela Belgo Bovino é indicada para uso em divisa de propriedades em locais perigosos, como rodovias, impedindo a fuga do gado. Já a cerca Belgo Eletrix é elétrica e resistente ao impacto dos animais e possibilita boa condutibilidade de energia. Os arames Belgo Z700 e Belgo ZZ-700 Bezinal são ideais para a construção de cercas rurais em terrenos planos e regiões alagadiças, respectivamente.
“Há um grande prejuízo quando o gado foge para o pasto vizinho ou invade uma plantação. Um dos grandes desafios do sistema de ILP o ILPF é o fato das áreas ser múltiplas. Então, é importante que os produtores disponham de soluções práticas, com cercas que efetivamente ajudem no controle de gado”, destaca Guilherme Vianna, gerente de negócios da Belgo Arames.
O que diz a Embrapa sobre o ILPF?
A Rede ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta), da qual fazem parte a Embrapa e outras empresas do agronegócio, anunciou sua meta de chegar até 2030 com sistemas de integração em 35 milhões de hectares no Brasil. Segundo analistas, isso representa o dobro da área atual. O objetivo é garantir sistemas integrados que sejam 50% mais produtivos, com pelo menos três milhões de hectares certificados e monitorados.