Aquaponia é uma técnica permite as plantas utilizem os nutrientes provenientes da água do cultivo de peixes, melhorando a qualidade da água
Vários autores* – A aquaponia é um sistema integrado de cultivo de peixes com o cultivo de plantas, que utiliza pouca água e aproveita o nutriente do sistema de forma eficiente em um sistema de recirculação fechada. Há mais de 1000.A.C que os Astecas utilizaram esse sistema para plantar o arroz e cultivas os peixes. Atualmente tem difundido amplamente nos Estados Unidos, Austrália e México para produzir planta e peixes de alta qualidade para abastecer o mercado local próximo a produção. Além disso, é utilizado como um método educacional para explicar o conceito de sustentabilidade devido a sua funcionalidade que reutiliza a água do sistema.
A qualidade da produção vegetal é equiparada ao cultivo em aquaponia, hidroponia e em solo, tem evidenciado equivalência em rendimento de variedades de plantadas em hidroponia e aquaponia. Ambas com rendimento elevado sendo o cultivo em solo, e em diversos parâmetros. Na aquaponia onde uma segunda cultura aproveita as propriedades de uma primeira cultura em seu benefício e em benefício do meio.
A crescente demanda por alimentos frescos e salutar a vida é uma demanda difundida e procurada por todos os indivíduos em todo o mundo, os sistemas urbanos crescentes, as preocupações sociopolíticas por desenvolver uma agricultura sustentável de pouco impacto ao meio ambiente, favorece ao crescimento da cultura da aquaponia. Desenvolver um sistema simbiótico, associativo, retroalimentado pela utilização sustentável da água é cada vez mais praticado por pequenos produtores, e em escala domiciliar, sendo por muitos referidos como “Backyard Aquaponics”, termo em inglês para “Aquaponia de Quintal”.
Outro fator que favorece a prática de aquaponia está no baixo volume de água para desempenho deste sistema, em consonância com as boas práticas socioeconômicas, cada vez mais preocupadas com o colapso hídrico, a degradação ambiental, crescimento demográfico, o desafio de produção alimentar sustentável, otimizou a implementação e subsídio para o crescimento e investimentos nos sistemas aquaponicos.
No Brasil a espécie mais cultivada com 239,09 mil toneladas despescadas em 2016, 47,1% do total da piscicultura (IBGE, 2017) é a Tilápia, por ser um peixe bastante rústico e resistente, ter boa conversão alimentar, tolerar altas densidades de estocagem, ter seu pacote tecnológico de cultivo, de melhoramento, de reprodução e. de nutrição avançados e difundidos por todo o mundo, além de ter um bom preço comercial, tem sido o peixe mais utilizado em sistemas de aquaponia).
A customização dos espaços para elevada massa volumar de peixes nos viveiros, característica de muitos sistemas de aquaponia e de sistemas de recirculação de água, é fator limítrofe na definição da espécie de peixe a ser utilizada.
Podemos evidenciar que a aquaponia está entre as técnicas sustentáveis dentro do sistema de produção de organismos aquáticos em cativeiro integrado com a hidroponia, capaz de garantir benefícios para ambos. Esta simbiose pode permitir que as plantas utilizem os nutrientes provenientes da água do cultivo de peixes, melhorando a qualidade da água.
A capacitação de novos disseminadores e idealizadores desta ideia, poderá nortear a implantação incentivando pequenos produtores desenvolver estas metodologias ecoeficientes, capazes de garantir uma alta capacidade produtiva dentro do setor de piscicultura e de hortaliças de forma sustentável, além de fornecer ao mercado consumidor produtos orgânicos e de alta qualidade.
Autores:
José Ricardo Gouveia Capanema, Ciências Biológicas pela UEMG – Mestrando em Zootecnia pelo IF Goiano – Campus Rio Verde, GO
Charllys Richellyher da Silva, Biólogo pelo Instituto Federal Goiano – Campus Rio Verde, GO
Chrystiaine Helena Campos de Matos, Licenciada em Química pelo IF Sudeste MG – Barbacena, MG, Mestranda em Agroquímica pelo IF Goiano – Campus Rio Verde, GO
Cristiele Dayane Cardoso dos Santos, Médica Veterinária pela Uniceplac – Gama, DF, Mestranda em Zootecnia pelo IF Goiano – Campus Rio Verde, GO, Bolsista de Mestrado da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás – FAPEG
Daisa Mirelle Borges Dias, Médica Veterinária pela Universidade de Rio Verde – UniRV, Rio Verde, GO, Técnica em Zootecnia pelo IF Goiano, Rio Verde, GO, Mestranda em Zootecnia pelo IF Goiano – campus Rio Verde, GO
Felipe Pereira Cunha, Graduado em Agronomia pelo Centro Universitário de Mineiros – Unifimes, Mineiros, GO, Mestrando em Zootecnia pelo IF Goiano – Campus Rio Verde, GO
Sabrina Ferreira Gonçalves, Engenheira Civil pela Universidade de Rio Verde – UniRv, Rio Verde, GO
Adriano Carvalho Costa, Doutor em Zootecnia pela Universidade Federal de Lavras, Professor do IF Goiano – Campus Ceres, GO
Marco Antônio Pereira da Silva, Doutor em Ciência Animal pela Universidade Federal de Goiás, Professor do IF Goiano – Campus Rio Verde, GO
