Apesar da tendência do agro perder força no próximo ano, cargos relacionados à tecnologia e à sustentabilidade ficarão em alta neste mercado.
O setor agropecuário foi o que apresentou as maiores médias salariais em 42,8% dos 14 cargos dentro de 5 setores analisados pela empresa de tecnologia para RH Gupy.
Um diretor de empresa agropecuária tem uma média salarial de R$ 30 mil ao mês, enquanto um analista da mesma área tem remuneração média de R$ 4.754 e um gerente, R$ 15.364 por mês. Na indústria, o salário de um diretor fica, em média, R$ 24.742. Em construção, quem ocupa esse cargo ganha R$ 10.903 e, no comércio, R$ 7.425.
A coleta de dados foi feita entre setembro de 2022 e agosto de 2023 com os dados da plataforma de vagas e seleção.
Guilherme Dias, diretor de marketing e produto na Gupy, atribui a alta remuneração do agro aos recordes na safra de grãos e um aumento significativo nas exportações deste mercado, o que gerou uma onda de formalização da mão de obra no setor – o que pode ser observado a partir de dados da Gupy e do Caged.
No próximo ano, o diretor avalia que cargos relacionados à sustentabilidade e à tecnologia devem ficar em alta com o interesse do agronegócio de investir em eficiência e em mão de obra especializada. “Há um aumento do interesse dos produtores em investir em outros estados, o que pode abrir novas oportunidades de negócios e diversificação para os agricultores, contribuindo para a geração de empregos”, afirma Dias.
No polo oposto, o setor de comércio é o que tem as menores médias salariais, apresentando os menores valores de remuneração em 85,7% dos cargos estudados.
Maior especialização reflete na média salarial
O relatório de empregabilidade da Gupy mostra que cargos que demandam especialização, certificações e habilidades técnicas têm maiores médias salariais. Os que se destacam nesse âmbito são desenvolvedores, técnicos e especialistas, principalmente nos segmentos de construção e indústria.
Neste contexto, o aprendizado constante ao longo da carreira se mostra fundamental para a valorização salarial. “As certificações e habilidades técnicas atualizadas são essenciais para manter a relevância no mercado de trabalho, o que pode ter um impacto direto na capacidade de um profissional de se manter bem remunerado ao longo do tempo”, diz o diretor da Gupy.
No setor agropecuário, estes cargos relacionados à tecnologia também se destacam na remuneração: desenvolvedor recebe, em média, R$ 11.688, especialista ganha R$ 7.630 e, técnico, R$ 2.989 ao mês. “A área do agro que mais contratou pela plataforma de recrutamento e seleção foi o agronegócio, seguido pela agropecuária e o setor de carnes e derivados”, explica Dias.
Fonte: Forbes
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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