Apesar da grande repercussão que foi a informação divulgada por uma das unidades, o Ministério da Agricultura contradiz e confirma que a China não liberou os embarques das unidades suspensas. Veja quais!
O Ministério da Agricultura afirma que seguem suspensos os embarques de carne bovina da unidade do Frigorífico Redentor em Guarantã do Norte (MT) para a China. Mais cedo, a empresa havia informado que a pasta teria conseguir reverter a suspensão. A Gaac havia notificado a suspensão dos embarques da unidade na última terça-feira, 9, sem informar os motivos ou quando retomariam as importações.
Cabe ressaltar que, até o momento, o governo chinês não realizou novos comunicados sobre a retomada ou não das importações das unidades suspensas, algumas a mais de meses. Em nota, o Ministério esclarece que a suspensão se mantém por “imposição da autoridade sanitária chinesa”.
Dessa forma, acrescenta o Ministério, a Administração Geral de Alfândegas do país (Gaac, na sigla em inglês) realizará, ainda, avaliação do plano de ação para que a suspensão seja ou não retirada.
A pasta disse também que o estabelecimento corrigiu “as não-conformidades” que levaram à suspensão da certificação imposta pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) local.
A Gaac havia notificado a suspensão dos embarques da unidade do Frigorífico Redentor na última terça-feira (9), sem informar os motivos ou quando retomariam as importações. Até o momento, o governo chinês não realizou novos comunicados sobre a retomada ou não das importações.
Atualmente, a unidade do Frigorífico Redentor abate cerca de 600 bovinos por dia. A China suspendeu a importação de carne bovina do Frigorífico Redentor, de Guarantã do Norte (MT). A empresa pertence ao Grupo Bihl. A suspensão vale a partir desta terça-feira, segundo informação da Administração-Geral de Alfândegas chinesa (GACC, na sigla em inglês).
O Ministério esclarece que a suspensão se mantém por “imposição da autoridade sanitária chinesa”.
No sistema do Ministério da Agricultura, consta que o Frigorífico Redentor (SIF 411) teve a sua habilitação para exportação para a China suspensa já a partir de 28 de julho deste ano.
Na lista do Ministério da Agricultura, outros seis frigoríficos brasileiros estão com as exportações para a China suspensas. A unidade de Xaxim (SC) da Cooperativa Aurora está embargada desde agosto de 2020 para carne de aves. A BRF de Lucas do Rio Verde (MT), a Bello Alimentos de Itaquiraí (MS) e a São Salvador de Itaberaí (GO) também estão impedidas de vender frango para os chineses.
A Masterboi, de São Geraldo do Araguaia (PA), está com os embarques de carne bovina suspensos desde abril. O embargo mais longevo atinge a unidade da Minuano, em Lajeado (RS), desde junho de 2020, também para frango in natura.
Riscos ao mercado
Além disso, o mercado asiático vem ajudando a manter os atuais preços da arroba diante de um mercado interno fragilizado. Outro ponto que preocupa, é quanto ao cumprimento das obrigações junto aos credores, já que essas medidas causam grande impacto no caixa das empresas.
Entre os 20 maiores clientes do Brasil, a China vem na primeira colocação com um aumento de 50,07% nas suas compras. Em 2021 elas foram de 493.686 toneladas, com receita de US$ 2,5 bilhões.
Em 2022, as importações do país asiático subiram para 665.014 toneladas e a receita para US$ 4,64 bilhões. Com isso, a participação da China nos embarques totais dos primeiros sete meses do ano subiu de 46,1% em 2021 para 50,7% em 2022.
Essa não é a primeira vez que a gigante asiática utiliza essa estratégia. No último mês de abril, diversas foram as unidades que sofreram com essas “penalidades”. Esse fato traz grande insegurança para as unidades que trabalham com o mercado externo, fato esse que vai gerar reflexos no mercado físico do boi gordo.
Exportações
Segundo relatório semanal da Agrifatto, durante a primeira semana de ago/22 foram exportadas 39,40 mil toneladas de carne bovina in natura, avanço de 4,71% no comparativo semanal.
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A média diária dos embarques ficou em 7,88 mil toneladas, 4,6% abaixo da média diária registrada em ago/21 e 1,1% menor do que a de jul/22. Ainda que tenha recuado, destaca-se o fato de que o desempenho das exportações na 1ª semana de ago/22 foi o melhor para uma primeira semana desde abr/22
O preço médio da tonelada ficou em US$ 6,25 mil, desvalorizando 4,61% ante a média registrada no mês passado. Com isso, as vendas externas da proteína bovina nos cinco primeiros dias úteis de ago/22 geraram uma receita de US$ 246,10 milhões, o equivalente a 23,86% do montante arrecadado com os negócios em todo ago/21, quando a tonelada tinha o preço médio 9,08% inferior.