Milhares de produtores maranhenses receberam a assistência do Senar; muitos têm se destacado em produção e renda em suas respectivas regiões.
O cenário do agronegócio maranhense vem se transformando desde a efetivação de projetos e programas baseados na assistência técnica e gerencial (ATeG), com meritocracia do Senar. Dentro dessa perspectiva, centenas de propriedades, vêm sendo atendidas dentro da metodologia baseada nos cinco passos: diagnóstico das propriedades, planejamento, adequações tecnológicas, capacitações complementares e avaliação sistemática dos resultados. O modelo é aplicado exclusivamente nos programas desenvolvidos pela entidade.
A execução de cada um deles tem como carro-chefe a ATeG, que estima um tempo médio em torno de dois anos, o que o Senar considera ideal numa propriedade rural, o que corresponde no mínimo 24 visitas, com exceção do programa Retorno Certo, cuja proposta é continuar, mudando apenas o grupo de produtores.
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Os primeiros passos da ATeG no Maranhão, se deu, em 2014, por meio da efetivação do programa Mapito, cuja atenção foi dada inicialmente – como o próprio nome sugere: aos produtores rurais dos estados do Maranhão, Piauí e Tocantins.
Com isso, o Senar lançou um olhar mais apurado e expandiu o trabalho noutras regiões do país, fortalecendo dessa forma, a ATeG, e, juntamente com o Banco Mundial, Ministério da Agricultura (MAPA) e Embrapa executou o projeto ABC Cerrado. Por meio dele, foi atendido um grupo de 480 produtores no período de 2015 a 2019.
Na sequência, veio a parceria entre o Senar Maranhão e o Governo do Estado (Sagrima), para a desenvolvimento do programa Mais Produção. Foram feitas duas etapas (2017-2018), quando na oportunidade receberam atenção mais de três mil produtores nas cadeias de carne e couro, piscicultura, arroz, leite e hortifruticultura.
Retorno Certo
Depois disso, a ATeG se consolidou e ganhou espaços inimagináveis. E agora, com o Sebrae, o Senar Maranhão, atende atualmente 275 produtores rurais por intermédio do programa Negócio Certo Rural Ciclo II (NCR Ciclo II) envolvendo as mesmas propriedades, antes atendidas pelas duas entidades do sistema ‘S’, focada também no empreendedorismo.
Em plena execução, o programa Retorno Certo (parceria Senar Maranhão/Senar Brasília), leva assistência técnica para 1.200 produtores. Outro, já em fase de implantação, é o projeto Prospera Semiárido, que será desenvolvido com a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), Ministério da Agricultura (Mapa) e Senar Brasília. Inicialmente vai atender 148 produtores. Outro que está sendo desenvolvido, é o programa Fit Paisagem – que em parceria com o Banco Mundial, incluirá em 400 produtores no processo de atenção na ATeG, dentro do estado.
Existem indicadores, de acordo com a avaliação técnica do Senar, que produtores rurais que receberam assistência técnica do Senar de 2014 (Mapito), e que foram incluídos em outros programas durante esse período, têm se destacado em produção e renda em suas respectivas regiões.
Outro ponto a ser lembrado, de acordo com a equipe técnica do Senar, é que não há critério de escolha de municípios participantes dos programas de ATeG. A escolha é feita de baseada nas cadeias produtivas e nos produtores, que são medidos de acordo com o perfil de mercado.
“O Senar hoje procura cadeias produtivas que são potenciais, aquelas que são importantes para o estado e produtores que tem o perfil voltado para o mercado. Então atendemos produtores pequenos, médios e grandes, tendo como premissa, os que praticam o agronegócio”, explica o gerente de ATeG do Senar Maranhão, Epitácio Rocha.
Rocha explica que os técnicos contratados pelo Senar, para atender as propriedades que se encaixam dentro dos programas em execução, são prestadores de serviços. O processo ocorre a partir da seleção feita por meio do lançamento de editais de credenciamento, e os profissionais exigidos pela assistência técnica são engenheiros agrônomos e de pesca, zootecnistas, veterinários, técnicos agrícolas e técnicos agropecuários.
Ele diz ainda que a principal cadeia atendida pelos programas do Senar é pecuária de corte, onde há o maior número de produtores. “Mas, temos a pecuária de leite, bovinocultura de leite, piscicultura, que é uma cadeia bem forte – hortifruticultura, mandioca e suínos. Mas, o Senar está preparando para atender todas as cadeias produtivas desenvolvidas no estado”, completa ele.
Ele lembra que são muitos municípios que tem se destacado. “Fizemos um trabalho muito bom na região tocantina, que reúne os municípios próximos à imperatriz e Açailândia, onde a cadeia do leite gerou resultados muito positivos. Tivemos ganhos altos de produção e de renda. São destaques que temos hoje dentro da ATeG, no estado do Maranhão”, acentuou ele.