“A pesca no nosso estado representa um lado muito importante da economia e pode avançar, desde que a gente não a segure”
Nessa quinta-feira (30), um dos assuntos de audiência pública da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) foi o apoio do Senado na liberação de recursos para a pesca e a aquicultura do Brasil. Na oportunidade, André de Paula, ministro da Pesca e Aquicultura, apresentou as diretrizes e programas prioritários da pasta para os próximos anos e disse sair otimista do encontro, pelo apoio que recebeu por parte dos parlamentares. Ainda foram tratados na reunião ações para a sustentabilidade da pesca do atum e da tainha e o apontamento de parcerias para aperfeiçoar o monitoramento de lagos e reservatórios nacionais.
O senador Esperidião Amin (PP-SC) declarou não ser fácil a atribuição de André de Paula e reforçou a necessidade de apoio dos congressistas, como a destinação de emendas para a pasta, por exemplo. O parlamentar comentou que a bancada de Santa Catarina será recebida na sede do ministério após a Semana Santa. “Vai dar encrenca e todos sabem disso, porque a história está se repetindo. Vamos ter de conversar, iremos lá [no ministério], mas precisamos falar com quem decide. Vejo no pescador artesanal meu aliado. A regulamentação da profissão de oceanógrafo é resultado de um projeto de lei meu, então, não sou avesso à ciência. Mas esta situação nos levará a uma grande confusão, já que a pesca artesanal da tainha foi reduzida em 60% e, a industrial da tainha, foi reduzida em 100%”.
O senador Zequinha Marinho (PL-PA) solicitou a inclusão da bancada parlamentar do Pará nessas tratativas. “A pesca no nosso estado representa um lado muito importante da economia e pode avançar, desde que a gente não a segure”.
O ministro da Pesca reconheceu que o prejuízo observado sobre a exploração da tainha é grave e se comprometeu em reunir uma equipe técnica para estudar o caso e dar respostas à sociedade.
Já Cristiano Ramalho, secretário nacional da Pesca Artesanal do ministério, destacou a atenção dos parlamentares com o caso, ao mesmo tempo em que observou que a pescaria reúne grupos sociais, econômicos e culturais “muito caros à pasta”. O convidado comentou que o problema foi herdado de gestões passadas, mas reforçou que o ministério está comprometido com a causa.
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