O coordenador da Comissão de Aquicultura, Martinho Colpani Filho, acredita que há o que comemorar, mas muito ainda a fazer.
A Semana do Pescado é um momento de reflexão para a importância de se ampliar o setor. Essa é a visão do coordenador da Comissão Técnica de Aquicultura da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Martinho Colpani Filho, que indica a necessidade de se melhorar a infraestrutura, logística, coordenação dos arranjos produtivos, políticas públicas e investimentos para que o país possa gerar mais renda e levar um volume maior de produto de qualidade ao consumidor.
A campanha da Semana do Pescado começou dia 1° e vai até 15 de setembro. É uma iniciativa que busca promover o consumo de pescados no Brasil, incentivando a população a incluir peixes e frutos do mar na alimentação diária. O evento, que ocorre anualmente, visa não apenas a aumentar o consumo, mas também a conscientizar sobre os benefícios nutricionais do pescado e fortalecer a cadeia produtiva do setor. Diversas ações, como feiras, degustações e campanhas de marketing, são realizadas em todo o país para aproximar os consumidores dos produtos pesqueiros, estimulando o mercado interno e valorizando a produção nacional.
“Somos um país continental e, por conta de uma série de gargalos, ainda importamos pescados. Sem contar que o preço do peixe ainda é caro, o que inviabiliza o acesso de parte da população a produto de qualidade, importante para a alimentação e a saúde. Então, acredito, essa semana permite mostrar que já demos alguns passos fundamentais nessa cadeia produtiva, mas há muito ainda a fazer”, frisou Colpani.
Apesar dos esforços da Semana do Pescado, a ampliação da produção de pescados no Brasil enfrenta diversos gargalos. Os principais desafios são a burocracia, tributação, complexidade das legislações atuais e dificuldade no acesso ao crédito pelo produtor rural. Isso tudo afeta aqualidade e a disponibilidade no mercado. Além disso, há uma carência de investimentos em tecnologia e capacitação no setor, o que limita a produtividade e a eficiência das atividades de pesca e aquicultura. A falta de incentivos e políticas públicas especificas voltadas para o fortalecimento da cadeia produtiva também impede o crescimento sustentável do setor.
Para o presidente da Faesp, Tirso Meirelles, é vital que haja uma atenção especial para esse setor. Pelas dimensões do nosso país, adiantou, há espaço para o crescimento da produção, que hoje, principalmente em São Paulo, tem como principal produto a tilápia e começa a investir nos Pangasius.
“Além de ser fonte de renda para os produtores, há um espaço enorme para o crescimento desse mercado, atendendo não apenas a demanda interna, mas, também, fomentando a instalação de indústrias e de toda uma cadeia própria. É preciso fortalecer e estruturar a aquicultura para que peixes de qualidade cheguem aos consumidores a um preço acessível”, disse Meirelles.
Fonte: Faesp Senar
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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