Sem pacificação não haverá demarcações

Nosso presidente disse que enquanto não pacificarmos a situação entre pecuaristas e índios, ele não vai assinar mais nenhuma demarcação de terras

A presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado, Soraya Thronicke (PSL-MS), afirmou que se não houver a pacificação dos conflitos entre produtores rurais e indígenas na disputa por terras em todo o país, não haverá, segundo disse o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), demarcações de novas reservas ou ampliação das que já existem.

“Nosso presidente disse que enquanto não pacificarmos a situação ele não vai assinar mais nenhuma demarcação. Temos um passivo muito grande para resolver, então não podemos avançar nessa situação”, afirmou em entrevista a TV Morena nesta quarta-feira (31).

A senadora criticou a forma como foram conduzidas as demarcações no país e apontou que não foram alcançados os resultados esperados.

“O que aconteceu e até tem sido reconhecido pelo Ministério Público Federal é que as terras foram demarcadas, seus proprietários foram retirados e essas terras passaram a ser improdutivas. Chega a dar tristeza o cenário. O índio foi deixado da mesma foram que os assentados da reforma agrária”.

A presidente da Comissão de Agricultura do Senado ressaltou que após a conclusão das demarcações os indígenas deixaram receber a devida atenção por parte do poder público.

“Parece que simplesmente terminou a obrigação. Entregou a terra e acabou aí. E aí que nós devemos realmente cobrar o Poder Público, porque deixaram essas pessoas em situação de miserabilidade. A verdade é essa. Não ensinaram a produzir, não capacitaram e não deram recursos”, afirmou.

A senadora diz que o impasse desagrada os dois lados e defendeu o ressarcimento dos produtores pela terra com uma alternativa para solucionar os conflitos.

“Nós precisamos pacificar, resolver o problema dos produtores rurais que precisam ser indenizados. Isso já está pacífico com o Ministério Público Federal. Eles [produtores] tem devem ser indenizados”, apontou.

Com informações do G1.

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