Selos ajudam a identificar os vários tipos de café de qualidade

As certificações da BSCA exigem o envio de uma amostra de dois quilos do produto, os quais passam por avaliação de provadores habilitados.

No Brasil, o café é a segunda bebida mais consumida. Porém, além do preço, você também presta atenção na embalagem do produto? Aqui no país, as embalagens do recebem certificações de pureza e qualidade, que atestam que a bebida está dentro do padrão exigido pelo Ministério da Agricultura.

A empresa fabricante precisa, visando conseguir os selos de pureza e qualidade da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), cumprir as seguintes etapas: deve-se preencher uma ficha técnica sobre o produto, com a categoria buscada (de tradicional a gourmet); enviar uma amostra para análise; e depois da análise sensorial do produto, o selo é concedido.

A marca passa, um ano após a certificação, por uma avaliação das instalações e das condições de trabalho. A visita é feita por uma empresa certificadora, e pode ser presencial ou remota. As certificações da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) exigem o envio de uma amostra de dois quilos do produto, os quais passam por avaliação de provadores habilitados. É feita a análise do tipo, da cor, do aspecto, da peneira e da torra.

Foto: Divulgação

Se reprovado em algum dos critérios, a amostra não segue para a etapa seguinte, que avalia aspectos da bebida como doçura, sabor e acidez. Em caso de aprovação em todas as fases, o selo é concedido. Após a certificação, as marcas passam por auditorias – as quais visam analisar amostras do produto, sem aviso prévio.

No início deste ano, desde 1º de janeiro de 2023, está em vigor a Portaria 570, do Ministério da Agricultura, a qual estabelece o padrão oficial de classificação do café torrado e assegura a atuação de órgãos de defesa do consumidor contra fraudes nos produtos.

A portaria traz mudanças importantes, porque obriga que os rótulos informem mais informações aos consumidores. São elas: as espécies de café usadas; o ponto de torra; a informação “fora de tipo” para as bebidas que não atingirem o padrão mínimo de qualidade. Já os cafés fraudados ou impuros são desclassificados e não poderão ser vendidos e nem fornecidos para consumo.

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