Boi confinado está engordando com mais rapidez, aponta Cargill

O estudo analisou 120 confinamentos, ou 1,1 milhão de cabeças, entre raças nelore, ring e angus, além de híbridos leiteiros e industriais

O confinamento de gado no Brasil ficou mais eficiente nos últimos anos, segundo mostra estudo da Cargill.

O levantamento apresenta melhora dos rebanhos terminados em confinamento mostrando melhora no desempenho desses animais se comparados ao mesmo período do ano passado, principalmente em relação ao rendimento médio a partir do momento em que os animais começaram a engordar no cocho, mas também ao peso final da carcaça do animal.

O peso médio da carcaça, por exemplo,  é de 20,77 arrobas, 8,87% superior ao último levantamento de 2017. Em relatório, a Cargill citou dados da 6ª edição do Benchmarking Confinement Probeef divulgando que a produção média por animal atingiu 8,1, um aumento de 3,85%.  O estudo analisou 120 confinamentos, ou 1,1 milhão de cabeças, entre raças nelore, ring e angus, além de híbridos leiteiros e industriais. Comparado ao levantamento anterior, esse número aumentou 80%.

Em termos de indicadores de ganho diário e de carcaça, os rebanhos analisados ​​ganharam em média 1.526 kg e ganho de carcaça de 1.041 kg, um aumento de 2,42% e 2,45%, respectivamente, em relação a 2017. Em relação à bioeficiência em termos de conversão alimentar, os dados de 2021 mostram um decréscimo de 1,67% na bioeficiência em relação a 2017, atingindo um aumento de 6,93 kg de matéria seca por kg de peso vivo.

A empresa acredita que uma alimentação balanceada é essencial para obter bons resultados e atingir uma ótima conversão alimentar, pois quanto maior a energia da dieta, melhor a conversão. “Isso significa que o gado precisará comer menos para obter o mesmo ganho de peso e alcançar uma carcaça com melhor acabamento, o que se reflete em rentabilidade”, diz a Cargill.

O estudo mostrou que 16% dos entrevistados esperam o mesmo do ano passado, e apenas 15% acreditam que este ano será pior que 2021.

No entanto, o ganho médio de peso foi de 1,526 quilos por dia, um aumento de 2,4% em relação a 2017. Em rendimento de carcaça, o incremento foi de 2,45%, para 1,041 quilos. A melhoria da conversão alimentar foi de 1,67% – para produzir um quilo de carne, o boi ingeriu 6,93 quilos de matéria seca.

Felipe Bortolotto, gerente de tecnologia para gado de corte da Cargill, destaca: “esses números apontam que a inovação e a sustentabilidade têm tido a tecnologia e a gestão como fortes aliados e isso favorece tanto a produtividade quanto a qualidade no confinamento”.

Os produtores da região sul são os mais otimistas, com expectativas 100% positivas – os produtores da Bolívia e do Paraguai compartilham da mesma visão. As regiões central e oeste do Brasil são as mais pessimistas com 21%, seguidas pela região norte com 18%.

Os pecuaristas também destacam o desempenho do gado como positivo, enquanto os custos de reposição são um desafio. Em relação às características do mercado, a maioria dos entrevistados entendeu a gestão de riscos como uma grande oportunidade e a instabilidade econômica como uma ameaça aos objetivos do negócio.

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