Segundo o secretário de Estado da Agricultura Ricardo Miotto, como a febre aftosa é uma doença com alto risco sanitário e gera impacto econômico
Na noite dessa quarta-feira, 25, o governador Carlos Moisés participou da sessão especial em comemoração dos 15 anos da emissão a Santa Catarina do Certificado de Zona Livre de Aftosa sem Vacinação pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). O status sanitário diferenciado foi fundamental para que o estado se tornasse o maior produtor e exportador de carne suína do país, além de abrir as portas para os mercados mais exigentes e competitivos do mundo.
“A produção de Santa Catarina é uma grife para o mundo, prova disso é a presença em mercados internacionais exigentes. O status sanitário reconhecido pela OIE confirma este padrão e resulta do esforço daqueles que trabalham no campo, das equipes que acompanham, fiscalizam e ajudam a manter essa conquista, que, há 15 anos vem gerando valor à balança comercial do estado, mais qualidade e eficiência na atividade do campo”, frisou Carlos Moisés.
Em vídeo, o ministro da Agricultura, Pesca e Abastecimento, Marcos Montes, parabenizou o Estado pelos 15 anos de certificação de área livre de aftosa sem vacinação. “Queremos agradecer e reconhecer todos os produtores, governantes e profissionais que trabalharam para garantir esta conquista. Obrigado pelo exemplo que Santa Catarina deu ao Brasil, a partir dele, queremos que mais estados também alcancem essa condição fundamental para o êxito do agro brasileiro”, expressou.
Segundo o secretário de Estado da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural, Ricardo Miotto, como a febre aftosa é uma doença com alto risco sanitário e gera impacto econômico, alguns países só compram carnes de áreas livres da doença sem vacinação – onde não existe circulação do vírus e, consequentemente, o controle sanitário é mais rígido.
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Miotto aponta: “a certificação da OIE é o maior reconhecimento sanitário que um estado ou país pode alcançar e demonstra ao mundo, principalmente aos mercados internacionais, o cumprimento de vários requisitos técnicos para assegurar a saúde dos rebanhos”.
RESULTADOS | A produção catarinense é comercializada em mais de 150 países e os embarques de produtos de origem animal respondem por 38% de todo comércio internacional catarinense. Em 2006, um ano antes da certificação internacional, Santa Catarina exportava 184 mil toneladas de carne suína, faturando US$ 310 milhões. Em 2021, esse número saltou para 578,5 mil toneladas e o faturamento para US$ 1,39 bilhão, um aumento de 214,4% na quantidade e 348,3% na arrecadação.
O cenário é praticamente o mesmo para a carne de frango, que se tornou o primeiro produto das exportações catarinenses, faturando mais de US$ 1,83 bilhão em 2021, com 1,02 milhão de toneladas embarcadas. Com o reconhecimento da OIE, Santa Catarina teve acesso a grandes compradores de carnes como China, Hong Kong, Estados Unidos e Coreia do Sul.