A evolução da colheita no Brasil e na Argentina e as movimentações da demanda chinesa no mercado internacional também chamam a atenção dos players.
O mercado de soja mantém as atenções centralizadas nas questões envolvendo a pandemia de coronavírus ao redor do mundo. Além disso, a evolução da colheita no Brasil e na Argentina e as movimentações da demanda chinesa no mercado internacional também chamam a atenção dos players.
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja na semana que vem. As dicas são do analista da consultoria Safras & Mercado Luiz Fernando Roque.
- Os mercados mundiais continuam trabalhando diante de muitas incertezas com o rumo da economia mundial em 2020 devido aos impactos econômicos e sociais da pandemia. Tais incertezas mantém os mercados de renda variável pressionados, impedindo a retomada de patamares mais elevados. A soja, em Chicago, também sente esta pressão;
- Em contrapartida, o dólar mantém seu viés altista, com investidores aumentando sua exposição à moeda norte-americana em busca de proteção. Esta alta do câmbio, somada a prêmios firmes nos portos brasileiros, trazem suporte para os preços praticados no Brasil, distorcendo a sazonalidade de entrada de safra. O momento continua sendo de oportunidade para a ponta vendedora brasileira, tanto para a safra disponível quanto para a nova;
- A demanda chinesa permanece estacionada nos portos brasileiros. O ritmo de embarques permanece muito forte, superando as estimativas iniciais. O mês de abril pode registrar um novo recorde de exportações. Conforme o esperado, a China deve centralizar suas compras no Brasil no primeiro semestre. Tal fato deve levar a um acumulado de exportações acima do normal nos seis primeiros meses de 2020. Já para o segundo semestre, a tendência deve mudar;
- Os chineses devem começar a honrar o acordo comercial assinado com os EUA anunciando grandes compras a partir de junho/julho. Naturalmente, isso deve levar a uma forte queda na demanda pela soja brasileira a partir de julho, contrastando com o cenário atual;
- A colheita avança em ritmo satisfatório no Brasil, e, apesar das perdas, a safra brasileira deve atingir um novo recorde (acima de 124 milhões de t). Já na Argentina, a produção pode recuar para 50 milhões de toneladas devido aos problemas climáticos em algumas províncias;
- Chicago deve continuar bastante volátil, trabalhando entre as linhas de US$ 8,40 e US$ 9,00 por bushel na primeira posição. Não há uma tendência definida.
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Fonte: Canal Rural