A soja é a mais importante cultura agrícola do Brasil e abastece o mercado interno com óleo comestível e óleo para produção de biodiesel.
Originária da china, a soja faz parte da família das leguminosas, seu grão é rico em proteínas, além da energia disponível. Nas últimas duas décadas, a área de cultivo mais que duplicou devido à alta demanda, já que pode ser consumido tanto por animais quanto por humanos. De forma resumida, para mostrar que a soja tem se tornado o ouro da economia brasileira, o mercado exportou cerca de U$ 35.232 bilhões no ano de 2020.
A exportação da Soja foi introduzida comercialmente no Brasil na década de 1960, no Rio Grande do Sul e, nos últimos 50 anos, expandiu-se para todas as regiões do país.
O que você verá a seguir no nosso artigo:
- A história da soja no Brasil;
- O que é a exportação da Soja;
- Projeções para a exportação de Soja; e
- DU-E de exportação de Soja.
A história da Soja no Brasil
Destaca-se seu crescimento nos cerrados do Centro-Oeste e, mais recentemente, para regiões do Norte e Nordeste, seguindo os caminhos da migração rural de empreendedores, e pequenos produtores.
Entre os fatores que levaram à expansão da cultura no Brasil, destacam-se:
- Alta expressiva da cotação da soja no mercado internacional, a partir de meados dos anos 70. Tornando o produto competitivo no mercado internacional (exportação);
- Facilidades de mecanização total da cultura;
- Estabelecimento de uma rede de pesquisa de soja articulada, inclusive no Centro-Oeste;
- Substituição das gorduras animais, por óleos vegetais;
- Demanda por soja na ração para a então produção de suínos e aves;
- Política agrícola de incentivo a produção, principalmente o crédito agrícola;
- Eficiente rede privada no suprimento de insumos: sementes, corretivos, inoculantes, fertilizantes e agrotóxicos; e
- Agricultores empreendedores competentes e com capacidade gerencial.
O que é a exportação da Soja?
A soja é a mais importante cultura agrícola do Brasil e abastece o mercado interno com óleo comestível e óleo para produção de biodiesel, bem como com farelo na produção de suínos e aves. Projeções indicam crescimento na demanda mundial da Soja, principalmente na Ásia, o que será uma ótima oportunidade de negócios para o Brasil.
Exportação de soja é uma das maiores movimentações da economia do país, em junho deste ano registro a marca de 10,840 milhões de toneladas de acordo com a Abiove.
Em 2019, a China foi o nosso maior exportador de Soja. A China comprou 79% da Soja do Brasil, confira nos principais produtos exportados pela China.
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A seguir veja imagem com alguns dados divulgados pela Abiove:
A Abiove elevou a sua previsão de receita com a exportação do complexo Soja em 2019 de US$ 30,730 bilhões para US$ 32,062 bilhões. As projeções de preço médio foram mantidas em US$ 360/tonelada para soja em grão e US$ 350/tonelada para farelo.
O ajuste no volume exportado de Soja em grão de 68,1 milhões para 72 milhões de toneladas contribuiu para a elevação na receita.
Projeções para a exportação da Soja
A produtividade da Soja é considerada pela Abiove como grande desafio nos próximos anos. Essa preocupação é evidenciada principalmente pelo fato de que as projeções da produtividade mostram uma relativa estagnação. A média nacional fica em torno de 3,3 toneladas por hectare.
Dentre as causas desta relativa estagnação, podem-se citar a falta de assistência técnica em muitas propriedades, ocorrências de problemas climáticos (secas durante o ciclo ou chuva na colheita) e a introdução em vastas regiões do sistema de produção de três safras/ano, o que permite ao produtor elevar sua rentabilidade total, mesmo com produtividades mais baixas para algumas culturas.
Entre 2017 e 2018 a produtividade de Soja no País foi de 3.385kg/ha, o que comprova uma elevação do nível anterior.
As exportações de farelo devem aumentar pouco até 2029 e as de óleo devem crescer 0,6 %. O consumo interno deverá ser nos próximos anos o principal fator para, então, impulsionar a produção de óleo de Soja. A Abiove está projetando que a Soja para esmagamento e produção de biodiesel atinja em 2018, 18,7 milhões de toneladas e em 2019, 20,1 milhões de toneladas esmagadas. Para o farelo de Soja, na próxima década, cerca de 57,0% da produção deverão ser dirigidos ao consumo interno e 39,4% destinados às exportações.
Do ponto de vista interno, o Brasil pode capturar oportunidades, nos próximos anos, realizando ações de:
- Melhorias na logística de transporte e
armazenagem; - Política agrícola moderna para crédito e seguro rural;
- Geração de tecnologias sustentáveis e apoio à sua transferência;
- Estrutura tributária menos complexa, favorecendo a exportação e adequação da legislação trabalhista às condições do campo;
- Incentivos à agregação de valor.
DU-E de Exportação de Soja
Falando um pouco da parte operacional da exportação de soja, vale lembrar que a exportação de granel se enquadra em situação especial de despacho de exportação. Tal situação se justifica apenas em razão da incerteza em relação à quantidade exata exportada.
Assim sendo, é possível fazer DU-E de Embarque Antecipado.
O embarque antecipado de mercadorias pode ser autorizado em diversas hipóteses, dentre elas: exportação de granéis, produtos da indústria siderúrgica e de mineração, produtos agroindustriais acondicionados em fardos ou sacaria, entre outros dispostos no 96 da IN RFB nº 1702/17.
Dados Estatísticos de 2021: Exportação e Importação
Agora que você viu um pouco mais sobre a exportação de Soja no Brasil, vamos conhecer os dados da exportação e importação no Brasil. Em 2021 (até o mês de Novembro), o Brasil totalizou um valor corrente de negociações no comércio exterior de US$ Milhões 454.996,8.
Sendo US$ Milhões 256.028,3 de exportações, e US$ Milhões 198.968,5. Gerando um superávit de US$ Milhões 57.059,8.
O produto mais importado no ano de 2021 foi o “Adubos ou Fertilizantes Químicos”. Quanto ao produto mais exportado no ano foi “Minério de Ferro e seus concentrados” conforme dados do ComexStat.
Fonte: Fazcomex
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