Quando expostas a temperaturas extremas, seja calor excessivo ou frio intenso, as férias experimentam o que se chama de estresse térmico.
O conforto térmico das férias leiteiras é crucial para manter sua saúde e melhorar a produção de leite, tanto em quantidade quanto em qualidade. Quando expostas a temperaturas extremas, seja calor excessivo ou frio intenso, as férias experimentam o que se chama de estresse térmico. Isso afeta os padrões de eficiência produtiva do rebanho, afetando tanto a produção de leite quanto a fertilidade dos animais.
Neste artigo, abordaremos como o estresse térmico relacionado às férias de leiteiras e discutiremos estratégias para minimizar esses impactos, incluindo a implementação de sistemas como free-stall e compost barn, que são projetados para oferecer um ambiente controlado e confortável.
Como as temperaturas extremas afetam as férias leiteiras?
Altas temperaturas:
Quando expostas a altas temperaturas, as vacas leiteiras tendem a salivar moderadamente, permanecem muito tempo em pé e respiram de forma ofegante. Esses comportamentos são indicativos de desconforto extremo e resultam em um desempenho reduzido. A alta temperatura no ambiente, combinada com o calor gerado pelo metabolismo do animal, agrava o estresse térmico, prejudicando também a capacidade reprodutiva do rebanho.
Baixas temperaturas:
Em contrapartida, as baixas temperaturas quentes principalmente os bezerros, que têm menor capacidade de gerar calor interno. Os animais mais velhos podem gerar calor através da fermentação no rúmen, o que não ocorre tão eficientemente nos mais jovens.
Estratégias para reduzir o estresse térmico:
Para garantir o bem-estar das férias e maximizar a produção láctea, é essencial adotar medidas que ajudem a regular a temperatura do ambiente em que elas vivem. Sistemas como free-stall e compost barn são especialmente projetados para fornecer condições mais benéficas, protegendo os animais tanto do calor quanto do frio extremos. Além desses sistemas, outras práticas podem incluir a ventilação adequada, o fornecimento constante de água fresca e a sombra adequada, todos essenciais para manter o conforto térmico das férias.
Por meio deste entendimento, fica claro que a manutenção de condições ambientais adequadas é vital para evitar o estresse térmico e promover um sistema de produção láctea mais produtivo e sustentável.
Quando o ambiente das férias leiteiras não é quente, elas sofrem uma série de adversidades devido ao estresse térmico. Isso inclui uma série de impactos negativos sobre seu bem-estar e produtividade:
- Condições de Calor Excessivo: Em ambientes quentes e sem meios adequados de sombra e ventilação, as férias têm sua rotina de descanso comprometida. Elas tendem a ficar de pé em vez de deitar, pois isso alivia um pouco o calor, mas reduz significativamente o tempo de descanso necessário para uma boa produção láctea.
- Consumo de Alimentos Reduzido: Sob temperaturas elevadas, como 32°C, as férias holandesas em lactação reduzidas o consumo de alimentos em até 20%, e pode chegar a uma parada total de alimentação a 40°C. Essa redução no consumo alimentar diminui o metabolismo basal e afeta a capacidade de manter uma temperatura corporal constante.
- Respiração Alterada: Para tentar dissipar o calor, as vacas respiram de maneira ofegante, com a boca aberta e a língua para fora, um processo instintivo para trocar calor com o ambiente.
- Problemas de Saúde: O estresse térmico pode levar a distúrbios metabólicos e reduzir a eficiência do sistema imunológico, aumentando o risco de doenças.
Mitigação do estresse térmico através dos sistemas Free-Stall e Compost Barn:
Para combater esses problemas, os sistemas free-stall e compost barn são altamente recomendados. Essas instalações são projetadas para proteger as férias das variações extremas de temperatura, melhorando significativamente o conforto e, consequentemente, a produção de leiteira. Cada sistema tem suas particularidades e benefícios:
- Free-Stall: Proporciona um local específico e confortável para cada férias, com controle de temperatura e fácil acesso à alimentação e água.
- Compost Barn: Oferece um ambiente amplo com cama de compostagem, que mantém as férias confortáveis e facilita o manejo térmico do local.
É crucial que os produtores, juntamente com veterinários de confiança, avaliem quais dos sistemas melhor se adaptam às necessidades específicas de seus rebanhos, garantindo assim o bem-estar animal e a otimização da produção leiteira.
Os sistemas de free-stall e compost barn trazem uma série de benefícios significativos para a gestão de fazendas leiteiras, melhorando tanto a saúde dos animais quanto a eficiência da produção leiteira.
Principais benefícios:
- Redução no uso de medicamentos: Ambos os sistemas ajudam a diminuir a incidência de doenças, diminuindo a necessidade de intervenções medicamentosas.
- Aumento da produtividade do leite: Melhores condições de bem-estar conduzem a uma maior produção leiteira.
- Melhoria no bem-estar animal: Com melhores condições de habitat, os animais desfrutam de um maior conforto.
- Redução do descarte de leite: Menos doenças e melhor saúde geral diminuem a necessidade de descartar leite.
- Prevenção de doenças: Particularmente aquelas relacionadas ao casco e às infecções mamárias são significativamente reduzidas.
- Controle aprimorado sobre a nutrição: A gestão alimentar se torna mais eficiente, com fácil acesso à comida e água.
- Redução de parasitas: A incidência de moscas e carrapatos diminui devido às condições mais higiênicas e bem gerenciadas.
Detalhes dos Sistemas:
Sistema Free-Stall:
Originado nos Estados Unidos, o sistema free-stall oferece um ambiente controlado onde cada vaca tem sua própria cama, comumente feito de borracha, areia, serragem ou material orgânico. A areia é particularmente valorizada pela sua capacidade de dissipar calor. O galpão é bem ventilado e inclui pistas de alimentação e bebedouros com fluxo contínuo de água, além de uma área externa para exercícios. Este arranjo promove um excelente controle do ambiente, garantindo o bem-estar animal e a eficiência operacional.
Sistema Compost Barn:
Também desenvolvido nos Estados Unidos, o compost barn abriga as vacas em uma grande área coletiva de descanso com camas que são regularmente reviradas para incorporar jatos, garantindo oxigenação e promovendo a interferência aeróbia. Isso cria uma superfície seca e confortável para as férias se deitarem e se locomoverem. As áreas de alimentação são construídas de concreto com humanos para evitar acidentes, e os bebedouros são estrategicamente localizados longe das áreas de descanso para manter a cama seca.
Esses sistemas não apenas melhoram a qualidade de vida dos animais, mas também otimizam a produção leiteira e a eficiência operacional da fazenda, contribuindo para um negócio mais sustentável e produtivo.
Para combater o estresse térmico nas vacas leiteiras, além dos sistemas free-stall e compost barn, é crucial implementar outras medidas práticas que ajudem a mitigar os efeitos do calor excessivo. Essas estratégias visam proporcionar um ambiente mais fresco e confortável aos animais, especialmente durante os períodos de calor intenso. Vejamos algumas dessas medidas:
Resfriamento ativo dos animais:
- Uso de Ventiladores e Aspersores: Em ambientes onde as férias não estão alojadas em sistemas free-stall, é essencial adaptar o local com ventiladores e aspersores. Os ventiladores devem fornecer uma velocidade do ar de pelo menos 3 metros por segundo nas camas e 4 metros por segundo em áreas críticas como pistas de alimentação e salas de espera.
- Molhar os Animais: As vacas em condições críticas devem ser úmidas o suficiente para facilitar a perda de calor por evaporação. O ideal é molhar as férias de forma que fiquem completamente encantadas, alternando períodos de aspersão com ventilação.
Gestão Eficiente da Água:
- Fornecer água fresca e limpa em fluxo contínuo, especialmente após a ordem e durante os picos de calor, é fundamental para manter a hidratação e ajudar na termorregulação dos animais.
Aprimoramento das Instalações:
- Pé Direito Elevado e Cobertura Apropriada: Instalações com pé direito mais alto ajudam na circulação de ar e reduzem o acúmulo de calor. A cobertura deve fornecer sombra eficiente, protegendo as vagas da exposição direta ao sol.
- Sombreamento: As áreas externas devem contar com sombreamento adequado para proteger as férias quando estiverem fora dos alojamentos cobertos.
Minimização do Tempo em Áreas de Risco:
- Mantenha as férias o mínimo de tempo possível em salas de espera ou outras áreas onde o risco de estresse térmico é elevado, como locais expostos diretamente ao sol.
Práticas de Resfriamento Eficientes:
- Duração e Frequência do Resfriamento: As sessões de resfriamento devem durar pelo menos 45 minutos cada, com múltiplas sessões ao longo do dia para garantir que os animais permaneçam frescos.
- Integração de Tecnologias: Utilização de aspersores de baixa pressão, nebulizadores de alta pressão e placas de resfriamento evaporativo, que resfriam o ambiente pela evaporação da água, é uma abordagem eficaz.
Essas medidas não apenas aliviam o estresse térmico, mas também restritos para a saúde geral e a produtividade das vacas leiteiras, garantindo que os sistemas de resfriamento sejam eficazes e produzam resultados reduzidos quando aplicados corretamente.
Por exemplo, o sistema de aspersores de baixa pressão funciona através da absorção de energia da pele das vacas, o que auxilia na redução da temperatura corporal do animal. Por outro lado, os sistemas nebulizadores de alta pressão e as placas de resfriamento evaporativo operam utilizando a energia térmica do ar. Todos esses sistemas resistentes para o aumento da umidade relativa no ambiente, o que é fundamental para a eficácia do processo de resfriamento.
Este artigo destacou como medidas efetivas contra o estresse térmico não só aumentam o bem-estar das vacas leiteiras, mas também têm um impacto positivo direto na produtividade leiteira. Ao implementar tais estratégias, os produtores podem garantir que suas férias sejam saudáveis e produtivas, resultando em um retorno esmagador da produção de leite.
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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