No Brasil, as jararacas são responsáveis por 70% dos acidentes, as cascavéis, cerca de 9% e as surucucus 1,5% dos registros. Grande parte desses acidentes acontecem com trabalhadores rurais e populações indígenas.
No Brasil, as serpentes são também chamadas de cobras. Algumas espécies de serpentes peçonhentas são de interesse em saúde pública. Elas pertencem à duas famílias: Viperidae e Elapidae. Os acidentes ofídicos ou simplesmente ofidismo, é o quadro clínico decorrente da mordedura de serpentes.
Algumas espécies de serpentes produzem uma peçonha em suas glândulas veneníferas capazes de perturbar os processos fisiológicos e bioquímicos normais de uma possível vítima, causando alterações do tipo colinérgicas, hemorrágicas, anticoagulantes, necróticas, miotóxicas, citolíticas e inflamatórias.
Os acidentes causados por estas serpentes são divididos em quatro grupos, os mais comuns em território nacional são:
- Acidente Botrópico (70%)
- Acidente Crotálico (6%)
- Acidente Laquético (1%)
- Acidente por Micrurus (menos de 1%)
No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, ocorrem, por ano, entre 19.000 a 22.000 acidentes ofídicos com aproximadamente 115 óbitos. A maioria destes acidentes deve-se a serpentes do gênero Bothrops e Crotalus.
Frequentemente ocorrem acidentes no meio rural, principalmente nas lavouras. Esses acidentes são preocupantes porque na maioria das vezes acabam ocasionando sequelas físicas, lesões neurológicas e traumas psíquicos.
O uso de equipamentos de proteção individual para trabalhadores do campo e florestas é fundamental para evitar esse tipo de acidente. Isso ajuda a prevenir casos de acidentes ofídicos e garante maior proteção a pessoa exposta.
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PREVENÇÃO
- Usar botas de cano alto ou perneira de couro, botinas e sapatos pode evitar cerca de 75% dos acidentes ofídicos;
- Usar luvas de aparas de couro para manipular folhas secas, montes de lixo, lenha, palhas, etc. Não colocar as mãos em buracos. Cerca de 20% das picadas atingem mãos ou antebraços;
- Serpentes se abrigam em locais quentes, escuros e úmidos. Deve-se ter cuidado ao mexer em pilhas de lenha, palhadas de feijão, milho ou cana, e ao revirar cupinzeiros;
- Serpentes se alimentam de ratos e por isso deve-se controlar o aparecimento destes roedores nas residências. Limpar paióis e terreiros, não deixar lixo acumulado. Fechar buracos de muros e frestas de portas;
- Evitar acúmulo de lixo ou entulho, de pedras, tijolos, telhas e madeiras, bem como não deixar mato alto ao redor das casas. Isso atrai e serve de abrigo para pequenos animais, que servem de alimentos às serpentes.
O que fazer em caso de acidente com serpentes
- Lavar o local da picada apenas com água ou com água e sabão;
- Manter o paciente deitado;
- Manter o paciente hidratado;
- Procurar o serviço médico mais próximo;
- Se possível, levar o animal para identificação;
O tratamento é feito com o soro específico para cada tipo de envenenamento. Os soros antiofídicos específicos são o único tratamento eficaz e, quando indicados, devem ser administrados em ambiente hospitalar e sob supervisão médica.
O que não fazer em caso de acidente com serpentes:
- Não fazer torniquete ou garrote;
- Não cortar o local da picada;
- Não perfurar ao redor do local da picada;
- Não colocar folhas, pó de café ou outros contaminantes;
- Não beber bebidas alcoólicas, querosene ou outros tóxicos;
- Não fazer sucção no local picado;
Essas medidas podem aumentar a concentração do veneno no local, além de causar contaminação do membro onde ocorreu o acidente, possibilitando um processo infeccioso. Importante ressaltar que nunca se deve tentar capturar a serpente.
Aprenda a identificar serpentes peçonhentas e não peçonhentas: