A área plantada com trigo deve totalizar em 3,18 milhões de hectares, o que corresponde a um amento de 16,6% em relação a 2021
A nova estimativa de SAFRAS & Mercado para a produção brasileira de trigo em 2022 indica safra de 10,42 milhões de toneladas. Este volume representa um aumento de 34,5% em relação ao ano passado.
A área plantada com trigo deve totalizar em 3,18 milhões de hectares, o que corresponde a um amento de 16,6% em relação a 2021. Essa seria a maior área já cultivada desde 1990 (último ano em que o mercado era regulamentado pelo governo).
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento, quando se fala em potencial de produção, se pressupõe que as lavouras não serão prejudicadas por intempéries climáticas. “Com o plantio se encaminhando para o final, o clima tem sido muito favorável. As lavouras gaúchas chegaram a ter os trabalhos de plantio atrasados pelo excesso de chuva. Apesar disso, os produtores aproveitaram as janelas de tempo seco e devem concluir os trabalhos dentro doo período ótimo. No Paraná as condições são perfeitas até o momento e as lavouras estão em excelentes condições”, disse.
- Soja em Chicago cai na reabertura; confira detalhes do grão
- BNDES assina financiamento de R$ 10,65 bilhões para obras de infraestrutura em São Paulo
- Café em alta reduz custo com fertilizante, aponta Rabobank
- TecnoAgro2024: Mais de 3 mil pessoas passaram pelo evento nos dois dias de imersão
- Austrália leva título de melhor bife do mundo
Bento lembra que todo o trigo plantado ainda está suscetível a eventuais geadas que possam afetar lavouras em fase de floração e enchimento de grão. Depois disso, no período da colheita existe a possibilidade de chuvas prejudicarem a qualidade dos grãos. “Por ser uma cultura altamente sensível a essas intempéries do clima, é impossível cravar que esse potencial será alcançado. Mas, normalmente, anos de La Niña costumam ser favoráveis ao trigo”, explicou.
Área por estados
Na atual temporada, apesar da forte alta do custo dos fertilizantes, os preços atrativos e o clima favorável contribuíram para que os produtores apostassem na cultura. Á área só não será maior porque no Paraná a soja foi colhida mais cedo (com quebra expressiva), o que possibilitou o plantio do milho safrinha mais cedo. Assim, a área paranaense que no primeiro levantamento de intenção de plantio era de 1,650 milhão de hectares, deve fechar em 1,150 milhão de hectares. Em relação ao ano passado apresenta uma queda de 5%.
O Rio Grande do Sul, no entanto, deve confirmar uma área de 1,520 milhão de hectares, um avanço de 32% em relação ao ano passado e a maior desde 1979. Nos outros seis estados e no Distrito Feral a área total plantada ficará em 510 mil hectares, o que corresponde a um avanço de 38,6% em relação ao ano anterior.
Fonte: Safras & Mercado