A projeção de fevereiro prevê uma safra total de 108,7 milhões de toneladas, salto de 23,9% ante 2021, quando houve uma grande queda na produção.
Rio, 10/03/2022 – Apesar de um pequeno ajuste para baixo na projeção de fevereiro ante a estimativa de janeiro, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segue apontando para uma safra de milho dentro da normalidade em 2022. A projeção de fevereiro prevê uma safra total de 108,7 milhões de toneladas, salto de 23,9% ante 2021, quando houve uma grande queda na produção.
“Após uma grande queda na produção, em 2021, efeitos do atraso do plantio da 2ª safra e da falta de chuvas nos principais Estados produtores, espera-se um ano dentro da normalidade o que propiciará a recuperação das lavouras, inclusive devendo atingir um novo recorde nacional”, diz a nota do IBGE.
O LSPA de fevereiro aponta para uma produção de 25,6 milhões de toneladas na primeira safra de milho, uma revisão para baixo de 5,9% ante a estimativa de janeiro. Na comparação com 2021, a projeção indica uma ligeira queda de 0,1%.
A seca no Sul, que quebrou a safra de soja, também afetou a primeira safra de milho. “No Rio Grande do Sul, a produção foi estimada em 3,9 milhões de toneladas, declínio de 30,2% em relação a janeiro, havendo uma redução de 28,6% no rendimento médio. As lavouras gaúchas enfrentaram severa estiagem que comprometeu o desenvolvimento das plantas”, diz a nota do IBGE.
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Já para o milho 2ª safra, cuja produção foi a principal atingida pelo atraso no plantio e pela estiagem do inverno passado, a estimativa da produção é de 83,1 milhões de toneladas, ligeiro ajuste para cima (0,5%) em relação à estimativa de janeiro. Na comparação com 2021, a projeção sugere salto de 33,8%.
“Na safra de 2021, além do clima desfavorável, o ano agrícola atrasou, encurtando a ‘janela de plantio’, o que ajudou mais ainda a reduzir a produção, uma vez que deixou as lavouras mais expostas às restrições de chuvas durante o ciclo produtivo”, diz a nota do IBGE.
Fonte: Estadão