AgResource revisa safra de soja e de milho para cima; alta do dólar agita o mercado no interior e elevando preços em plena safra
A AgResource Brasil revisou as estimativas de produção de soja e de milho para o ciclo 21/22. As revisões vêm em linha com a melhor mensuração dos rendimentos de campo de soja e da primeira safra de milho devido ao avanço da colheita e finalização dos trabalhos de campo em alguns estados, bem como estimativas mais assertivas de área plantada de milho 2ª safra.
Para a soja, a produção da safra 21/22 foi elevada praticamente devido a aferição de área plantada no estado de Mato Grosso, o maior estado produtor. Com isso a produção nacional foi indicada em 121,93 milhões de toneladas, elevação de 1,63%, enquanto a área foi indicada maior em 1,35%, atingindo 41,51 milhões de hectares. Nesse sentido, o uso doméstico de soja em 2022 foi elevado para 50,65 milhões de toneladas, enquanto as exportações foram indicadas em 75 milhões de toneladas.
No milho, a área da 1ª safra foi mantida constante em 4,52 milhões de hectares, enquanto para a 2ª e 3ª safra foram elevadas para 16,06 milhões de hectares e 670 mil hectares, respectivamente. A produtividade da primeira safra foi elevada de 87 para 91 sc/ha, o que trouxe a produção de 21,93 para 23,03 milhões de toneladas.
No caso da segunda safra, a colheita segue avançando, principalmente em Mato Grosso, e foi indicada em 7,78%. Para a revisão de safra, a AgResource nota que o aumento de área de soja resultou em um aumento da área semeada da segunda safra de milho, e com a produtividade levemente ajustada para 93 sc/ha, deve resultar em uma produção de 85,07 milhões de toneladas, aumento de 1,48% em relação ao mês anterior.
Para a produção total de milho no Brasil, a AgResource estima 110,20 milhões de toneladas, ante 108,15 no mês anterior, enquanto o uso doméstico e de exportação foram mantidos em 75,0 e 36,5 milhões de toneladas respectivamente.
Mercado do milho
Com maior apetite exportador, a saca de milho valoriza no mercado doméstico com preço médio de R$86,50 em Campinas/SP. Na B3, o segundo pregão da semana foi de ligeira queda para o vencimento de jul/22, que fechou o dia cotado a R$ 88,93/sc, desvalorização diária de 0,11%.
Em Chicago, os futuros ficaram próximos da estabilidade, enquanto o mercado segue atento ao clima nas regiões de cultivo nos EUA e colheita da safrinha no Brasil. O vencimento para jul/22 recuou 0,13% e ficou precificado em US$ 7,68/bu – via Agrifatto.
Mercado da Soja
Com os futuros perdendo força em Chicago os preços da soja passam por ajustes negativos no mercado físico brasileiro, mas a saca em Paranaguá/PR permanece comercializada na casa dos R$ 200,00/sc.
Influenciados pela perda de competitividade da soja americana frente a brasileira e recuo nos valores dos derivados, os futuros da oleaginosa encerraram a terça-feira em queda na CBOT. O vencimento para jul/22 teve uma desvalorização diária de 0,53%, sendo cotado a US$ 16,99/bu – via Agrifatto.
Com informações da AgResource e Agrifatto